quarta-feira, 13 de junho de 2012

Dei-te o nome do meu Rio...

Eu dei-te o nome do Rio
Que banha a minha cidade
Dei-te comida, guardei-te do frio
Em troca recebi felicidade.

Dei-te ternura, amor, o meu carinho
Em troca recebi, o dobro do que dei
Catorze anos, Nabão. Ó meu cãozinho!
Eu não te esquecerei.

Não mais o teu calor nos meus joelhos,
Não mais o teu rabito a dar a dar
E esses olhos, meu cão, o teu olhar,
Olhando com amor, os donos velhos.

Quem vai lamber agora as gotas de água,
Que caem dos meus olhos, quem Nabão?
Eu deixei-te partir, não queria, não!
Não sabia o tamanho desta mágoa.

Faz hoje um mês, meu bicho, que partiste. Nessa noite, fiz isto, para ti.
Fazes tanta falta!
Saudades dos donos.
Até um dia destes.
Maria




27 comentários:

laura disse...

Minha querida mMria, a seguir uma imagem que me enviou a Pascoalita do blogue, de lado olho Maria e vejo-te, li; dei-te o nome do meu rio, sei que o teu rio é Nabão e lembrei; ai que o Nabão se foi... e afinal foi mesmo. Como lamento, dói tanto quando os perdemos, tanto..mas, foi melhor assim, ele quando fores também, vai ter contigo, eu acredito assim...

Deixo-te o meu apertadinho abraço, sincero, ternurento, pedidno-te que não chores, não sofras, ele estará contigo um dia destes...

Aconchego-te os lençóis, está uma fria aragem..levo-te o cházinho que há tanto tempo não faço...beijinhos da flor de linho que lamenta a tua perda.

laura

Anónimo disse...

Muito bonito o que escreveste do Nabocas. Ontem fez 2 anos que morreu a Tuquinha. Nem ligo muito a datas pois normalmente nem sei a quantas ando. A Sílvia lembrou-me. Não deve ainda ter passado um dia que não me lembrasse dela. Ainda agora quando digo de seguida o nome dos meus canitos o nome dela e da Vega veem sempre! Gostava de acreditar que depois da vida há alguma coisa. Se assim fosse o Nabão estaria ao pé da Tuca :)
beijinhos para os donos do Nabão,
João

Maria disse...

Minha Flor de Linho:
Faz hoje um mês, que ele partiu. Estava a sofrer muito. Ainda dói.
E tu, querida, como estás? A tua mãe está melhor?
Sabe bem quando vens trazer-me o cházinho e aconchegar-me.
Obrigada e beijo grande para ti.
Maria

Maria disse...

Filho
Contando com a minha Mimosa, já são 4, que nos deixam. Mimosa, Tuca, Vega, Nabão. Talvez estejam juntos, quem sabe? Pelo menos, nas saudades que sentimos, estão.
Beijinhos para os 3, dos pais e avós.
Maria

Olinda Melo disse...

Minha amiga

A ausência dói e a saudade aperta. Ainda só passou um mês e é natural que assim seja... Uma companhia de tantos anos que tão bem define nestes seus lindos versos.

Aos poucos a tranquilidade virá, mas a memória fica.

Beijinhos

Olinda

Um Jeito Manso disse...

Olá Mary,

Que fotografia tão bonita.

Já passou 1 mês? Passa rápido o tempo. Vai passando e vai atenuando a perda. Ficam as boas lembranças.

Um beijinho, Mary.

Maria disse...

Querida Olinda:
Está a ser difícil. Ainda o sinto pela casa. O cheirinho do pelo dele, ainda anda no ar, por vezes oiço-o respirar. Passar, não passará, mas vai atenuar.
Domingo, vou para casa do meu filho mais velho, uns dias. Acho que nos vai fazer bem. O meu neto vai ajudar.
É um grande companheiro.
Se estes dias escrever pouco, não estranhem.
Beijinho, minha doce e querida Olinda.
Maria

Maria disse...

Amiga:
Nessa fotografia, eu tinha uns anos a menos e, o meu Nabão era novinho e muito alegre. Foi um sarilho, para o aguentar sossegado, uns segundos.
Como já disse à Olinda, Domingo, vou para os filhos e o neto. Espero quando voltar, vir melhor. Estou doida para me ver fora daqui. Eu, que gosto tanto da minha casa.
Abraço grande
Mary

Je Vois La Vie en Vert disse...

Querida Maria,

Deixaste-o partir por amor por ele e ele sabia que podia contar contigo.
É bonito o poema que ele te inspirou.
Gosto muito de cães e mesmo se eu pudesse ter, não teria. Já me bastam as mágoas que tive até agora. Descobri como lido muito mal com o desaparecimento das pessoas que amo e sei que um dia terei mais mágoas destas. Só peço a Deus que não seja para já. Já me chegou o ano 2011 ser o meu ANNUS HORIBILIS.
Ainda vais encontrar a Mimosa, Tuca, Vega, o Nabão quando for a tua hora de ir...que espero que seja daqui há muuuuuuuuuuuitos anos ! Pensa neles com carinho e ainda ouvirás a voz deles no teu interior.
Muitos beijinhos amigos
Verdinha

Kim disse...

Amiguita
Há dores que não passam nunca. Temos de viver com elas.
Fica a saudade e o amor que, às vezes, os humanos não merecem. Abreijo ma petite Marie

Kim disse...

Amiguita
Há dores que não passam nunca. Temos de viver com elas.
Fica a saudade e o amor que, às vezes, os humanos não merecem. Abreijo ma petite Marie

Maria disse...

Querida Verdinha:
Foi a última, a maior, a mais dolorosa prova de amor, que dei ao meu Nabão.
Nunca mais quero nenhum animal, embora me faça falta.
A vida, já se encarrega de nos magoar, levando aqueles que amamos.
Não vale a pena, buscar o sofrimento. Ele está sempre à nossa espera.
Obrigada pelas tuas doces palavras, minha amiga.
Abraço grande.
Maria

Maria disse...

Amigo Kim:
Há dias, a Helena Sacadura Cabral, escreveu uma frase, que me tem feito pensar: "Se não pode ser apagado, pode ser "deglutido"."
É isso, que ando a tentar fazer.
Obrigada e beijinhos.
Petite

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Oh,Maria, irmã, querida amiga.
Reparo agora que há mais de uma semana, não vinha aqui. Visito aleatoriamente, meus espaços preferidos e tem sido tão raros os meus passeios...
Li o Vinícius, que fala de Felicidade(lindo!) e agora esse preito de saudade, ao seu adorado Nabão. Bela homenagem!Lindo, também.
O amor será infinito (não só enquanto durou a vida de seu cão), "ontrariando" Vinícius...

Bom final de semana.
Beijinhos fraternos,
da Lúcia

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

"Que o amor seja infinito, enquanto dure", disse Vinícius. No comentário acima, eu quis dizer: "contrariando" Vinicius. Sem intenção, omiti o "c" inicial...rsrs...
Beijinhos, de irmã!

Maria disse...

Lucinha, amiga:
Tenho andado pouco por aqui.
Amanhã, vou para Sesimbra uns dias e, não levo o computador. Quando voltar, lhe digo.
Hoje é dia de arrumar a trouxa. Quase não tenho tempo para mais nada.
Até qualquer dia, irmãsinha.
Eu volto.
Beijinho grande da
Maria

Maria Rodrigues disse...

Minha amiga versos lindos que mostram tanto amor e saudade.
Tenha um bom domingo e uma excelente semana.
Beijinhos
Maria

Olinda Melo disse...

Querida amiga

Passando para lhe desejar uns dias bem passados, de descontracção, ao pé da família.

Anteontem e ontem foram uns dias cansativos para mim, mas felizes, pois foi o aniversário da minha filha. Hoje seguiu para Madrid, por três dias, em passeio, merecido.

Tudo de bom para si e para os seus.

Beijinhos

Olinda

P.S. Hoje, ou seja daqui a pouco, temos de 'torcer' pela Selecção. :))

Bjs

Maria disse...

Maria:
Aqui, no campo ao pé do neto, tenho 6 canitos, que não matam as saudades do meu.
Vamos ver, se conseguirei fazer visitas. Não trouxe o meu portátil e, só apanhando o do meu marido, consigo passar aqui.
Beijinho
Maria

Maria disse...

Minha querida Olinda:
Bom dia!
Um beijinho de parabéns, para si e para a sua filha e que, os dias em Madrid, sejam divertidas.
Não trouxe o portátil, estou a escrever no do meu marido.
Obrigada por não me esquecer.
Beijinho
Maria

Maria disse...

Maria:
Aqui, no campo ao pé do neto, tenho 6 canitos, que não matam as saudades do meu.
Vamos ver, se conseguirei fazer visitas. Não trouxe o meu portátil e, só apanhando o do meu marido, consigo passar aqui.
Beijinho
Maria

Emília Pinto disse...

A dor é difícil de passar, amiga, mas vai suavizando e fica uma saudade nostalgica; O fredeinho da minha nora também se foi por altura da Páscoa, bem velhinho, mas teve uma morte mais doída, pois não tinha a dona que o criou a biberão logo que nasceu, por perto; isso é o que mais lhe doi. Um beijinho, Maria e ...gostei muito da linda mensagem que fizeste ao teu amigo fiel.
Emília

Emília Pinto disse...

Desculpa o erro.. o fredinho; o cachorrinho chamava-se freddy.( já é o 3º que ela perde) Beijos
Emília

Maria disse...

Querida Emília:
Não estou em casa, nem trouxe o portátil, por isso, só de vez em quando aqui venho.
O meu, foi o 2º cão da minha vida.
Quando o outro morreu, era o meu filho mais velho bebé. Jurei não ter mais nenhum. Há 14 anos, deparei-me com este, numa feira, mal andava, veio atrás de mim. Foi amor à 1ªvista.
Criei-o a biberon e, acho que ele pensava que era mãe dele. Eu e o meu marido, prendemos-nos a ele e ele a nós. Nos últimos meses, já não andava, mas não sofria. Desde que estivesse connosco, estava feliz.
Quando vi, que estava a sofrer, cheia de mágoa, fiz o que lhe tinha prometido: os braços que lhe serviram de berço, foram o seu leito de morte. O vet. foi fora de série. Tratou tudo com muita ternura e mais respeito, do que alguns médicos fazem aos doentes. No fim, chorávamos os dois.
Ainda dói muito, amiga. Quando penso que, quando voltar para casa, ele lá não está.
Fica a saudade e a lembrança,até ao fim da minha vida.
Obrigada pelas palavras carinhosas.
Beijinhos
Maria

Laura disse...

Maria, vou indo bem, fui operada ao mindinho, já está quase bom e um dia no hospital deu para relaxar e dormir sem me preocupar com a casa a mãe, a vida, era tudo muito natural...

A mãe lá vai na mesma mas nem se esforça por se ajudar a si própria... é só cama e cama e pronto...

bijinhos.

laura

MCP disse...

Maria,
Há pouco tempo tive conhecimento do seu blog, tenho lido com bastante entusiasmo muitas das suas histórias que são vivências emocionantes e que identificam uma pessoa muito sensível.
Também eu resido em Odivelas para onde vim viver com 6 anos de idade, tendo aqui passado a minha infância e juventude...tive alegrias, tristezas...filhos que adoro...perdas de familiares muito próximos, tudo se vai superando.
Espero querida amiga (permita-me que a trate assim) que supere a perda do seu fiel amigo. Continue a escrever, adoro a sua escrita, faz-me relembrar certas passagens da minha vida.
Beijinhos

Maria disse...

Laurinha querida:
Desejo as melhoras do teu dedo.
Desculpa escrever pouco, mas como podes ver na nova mensagem, tive hoje um grande desgosto.
Beijinho minha amiga
Maria