Esta é a primeira poetisa a aparecer. Admiro-a como mulher, poetisa, lutadora. De novo em casa de Amália, Natália Correia e "A defesa do poeta". Gosto muito deste poema. Espero que gostem, também.
Até um dia destes
Maria
13 comentários:
Anónimo
disse...
Mariamiga
Fazes crescer a água na minha boca; mas, como se tratava da Natália, era mais vinho.
Tu não paras de me provocar; vê lá que na Babilónia, sob 52º C tive de a aturar a explicar que o leão da dita era... uma leoa. Só ela!
O marechal Costa Gomes, também presente nessa viagem ao Iraque, disse-me depois que, de acordo com o dito da época, «Natália há só uma, a Correia e mais nenhuma»...
Fomos muito amigos, conversámos muito, bebemos bastante, ela muito mais do que eu, no saudoso Botequim e em vários sítios mais.
Leu, umas vezes para mim só, e outras para mais amigos (curioso. amigas tinha muito menos, não tivesse sido ela uma mulher linda) muitos dos seus poemas.
E prontos (sem s), vai seguindo esta digressão com a passwoard amália à cabeça. Está magnífica, como magnífico é também o poema. De uma iconoclasta combatente da Liberdade. Bem hajas.
3abçs, xeros da Kel (por onde andará a Lúciamiga) e qjs saloios para tu
PS (mal por mal continuo a ser) - Não te esqueças, por favor, da Florbela e do Cesário. Incontornáveis; imprescindíveis.
Henriquamigo Natália não era só uma mulher linda. Era inteligente, talentosa, refilona, panfletária, dizem. Dizia o que pensava, sem medo. Arranjava amigos e, por vezes, perdia-os, por ser tão frontal. Admiro-a como mulher e poetisa. Estou farta de procurar o "De tarde" do Cesário. O único que encontrei, não gostei da interpretação. Se calhar, vai outro. Sei que gostas do "De Tarde" e eu, também. A Florbela não está esquecida. A Lucinha mandou-me ontem um comentário. A Amália tem sido o ponto de partida. 3abçs, beijinhos para a Raquel e para tu Maria
Este poema é especial para mim! Um exemplo de força, de luta, de coragem... o enfrentar o mundo em carne e osso! Uma fonte (inesgotável) de inspiração. Muito obrigada por mo teres dedicado.
Gosto imenso do final: "de um verso onde o possa escrever / ó subalimentados do sonho! / a poesia é para comer" Lembra-me o golpe final. Como se ela dirigisse o poema a um inimigo, tornando-se esses últimos versos numa confirmação de tudo o que disse anteriormente.
Muitos beijinhos, Estrela d'Alva
P.S - Vou pôr aqui o poema inteiro para a Laurinha ler:
Sehores jurados sou um poeta um multipétalo uivo um defeito e ando com uma camisa de vento ao contrário do esqueleto
Sou um vestíbulo do impossível um lápis de armazenado espanto e por fim com a paciência dos versos espero viver dentro de mim
Sou em código o azul de todos (curtido couro de cicatrizes) uma avaria cantante na maquineta dos felizes
Senhores banqueiros sois a cidade o vosso enfarte serei não há cidade sem o parque do sono que vos roubei
Senhores professores que pusestes a prémio minha rara edição de raptar-me em crianças que salvo do incêndio da vossa lição
Senhores tiranos que do baralho de em pó volverdes sois os reis sou um poeta jogo-me aos dados ganho as paisagens que não vereis
Senhores heróis até aos dentes puro exercício de ninguém minha cobardia é esperar-vos umas estrofes mais além
Senhores três quatro cinco e sete que medo vos pôs na ordem ? que pavor fechou o leque da vossa diferença enquanto homem ?
Senhores juízes que não molhais a pena na tinta da natureza não apedrejeis meu pássaro sem que ele cante minha defesa
Sou uma impudência a mesa posta de um verso onde o possa escrever ó subalimentados do sonho ! a poesia é para comer.
Maria querida, você acetou em cheio, oferecendo este BANQUETE delicioso,mas que nunca vai nos fartar, porque é leve, saudável, bem degustável...alimenta a alma. Quanto mais vier, mais haveremos de querer. Haja visto, o nosso mui querido Ferreiramigo, assíduo frequentador desse maravilhoso SARAU, em casa de Amália. Não perco um, "nem morta"! Adorei seu comentário, irmãzinha portuguesa. Beijinhos e xêros, extensivos ao Ferreiramigo.(esse "cara", não é muito de ir sentar-se em minha Cadeirinha de Arruar, pouc
Querida Pequenina: Ainda bem que gostaste. Obrigada por teres escrito o poema para a Laurinha mas, já lho tinha mandado por E-mail. Lê duas vezes e fica saber que, nós duas pensamos nela. Beijinho, Pequenina. Gosto muito de ti. Maria
No momento em que eu estava comentado (o 1º acima) você estava respondendo à sua Pequenina, então meu comentário foi publicado antes de eu concluir... estávamos ao mesmo tempo, vc e eu a digitar...aqui... beijinho, Maria querida...
Lucinha, amiga Tem sido um prazer enorme fazer esta série de postagens. Ainda falta uma mão cheia de poetas, quase todos ligados à Amália. Aliás, muitos poetas passaram por casa dela, incluindo Vinicius de Moraes, outro grande poeta da língua portuguesa. Beijinhos, irmãzinha brasileira. Maria
Kim Sabes com costumo chamar à Natália? "Uma gaja Porreira". Isto, é o maior elogio que faço a uma mulher. Como gostava de ser como Ela! Mas sou só,a Petite Marie, cheia de inseguranças, medos, dependências. Às vezes, armo em valente, vou buscar forças nem sei onde, para logo a seguir, voltar a ser frágil, com uma necessidade enorme de carinho, de mimo,de amizade. Acho que tenho qualquer coisa de cão. Beijinho Maria
13 comentários:
Mariamiga
Fazes crescer a água na minha boca; mas, como se tratava da Natália, era mais vinho.
Tu não paras de me provocar; vê lá que na Babilónia, sob 52º C tive de a aturar a explicar que o leão da dita era... uma leoa. Só ela!
O marechal Costa Gomes, também presente nessa viagem ao Iraque, disse-me depois que, de acordo com o dito da época, «Natália há só uma, a Correia e mais nenhuma»...
Fomos muito amigos, conversámos muito, bebemos bastante, ela muito mais do que eu, no saudoso Botequim e em vários sítios mais.
Leu, umas vezes para mim só, e outras para mais amigos (curioso. amigas tinha muito menos, não tivesse sido ela uma mulher linda) muitos dos seus poemas.
E prontos (sem s), vai seguindo esta digressão com a passwoard amália à cabeça. Está magnífica, como magnífico é também o poema. De uma iconoclasta combatente da Liberdade. Bem hajas.
3abçs, xeros da Kel (por onde andará a Lúciamiga) e qjs saloios para tu
PS (mal por mal continuo a ser) - Não te esqueças, por favor, da Florbela e do Cesário. Incontornáveis; imprescindíveis.
Henriquamigo
Natália não era só uma mulher linda. Era inteligente, talentosa, refilona, panfletária, dizem. Dizia o que pensava, sem medo. Arranjava amigos e, por vezes, perdia-os, por ser tão frontal. Admiro-a como mulher e poetisa.
Estou farta de procurar o "De tarde" do Cesário. O único que encontrei, não gostei da interpretação. Se calhar, vai outro.
Sei que gostas do "De Tarde" e eu, também.
A Florbela não está esquecida.
A Lucinha mandou-me ontem um comentário.
A Amália tem sido o ponto de partida.
3abçs, beijinhos para a Raquel e para tu
Maria
Olá Maria,
Este poema é especial para mim! Um exemplo de força, de luta, de coragem... o enfrentar o mundo em carne e osso! Uma fonte (inesgotável) de inspiração. Muito obrigada por mo teres dedicado.
Gosto imenso do final:
"de um verso onde o possa escrever / ó subalimentados do sonho! / a poesia é para comer"
Lembra-me o golpe final. Como se ela dirigisse o poema a um inimigo, tornando-se esses últimos versos numa confirmação de tudo o que disse anteriormente.
Muitos beijinhos,
Estrela d'Alva
P.S - Vou pôr aqui o poema inteiro para a Laurinha ler:
Sehores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto
Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim
Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes
Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei
Senhores professores que pusestes
a prémio minha rara edição
de raptar-me em crianças que salvo
do incêndio da vossa lição
Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis
Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além
Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs na ordem ?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem ?
Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
ó subalimentados do sonho !
a poesia é para comer.
Natália Correia
Maria querida, você acetou em cheio,
oferecendo este BANQUETE delicioso,mas que nunca vai nos fartar, porque é leve, saudável, bem degustável...alimenta a alma.
Quanto mais vier, mais haveremos de querer.
Haja visto, o nosso mui querido Ferreiramigo, assíduo frequentador desse maravilhoso SARAU, em casa de Amália. Não perco um, "nem morta"!
Adorei seu comentário, irmãzinha
portuguesa.
Beijinhos e xêros, extensivos ao Ferreiramigo.(esse "cara", não é muito de ir sentar-se em minha Cadeirinha de Arruar, pouc
Querida Pequenina:
Ainda bem que gostaste. Obrigada por teres escrito o poema para a Laurinha
mas, já lho tinha mandado por E-mail.
Lê duas vezes e fica saber que, nós duas pensamos nela.
Beijinho, Pequenina.
Gosto muito de ti.
Maria
...continuando: nosso amigo comum, pouco aparece. Mas eu tenho paciência em esperá-lo...
Até, Mariamiga...eu volto!
No momento em que eu estava comentado (o 1º acima) você estava respondendo à sua Pequenina, então meu comentário foi publicado antes de eu concluir...
estávamos ao mesmo tempo, vc e eu a digitar...aqui...
beijinho, Maria querida...
Lucinha, amiga
Tem sido um prazer enorme fazer esta série de postagens.
Ainda falta uma mão cheia de poetas, quase todos ligados à Amália.
Aliás, muitos poetas passaram por casa dela, incluindo Vinicius de Moraes, outro grande poeta da língua portuguesa.
Beijinhos, irmãzinha brasileira.
Maria
Lucinha
Desculpa ter-te interrompido.
Darei o recado ao Henrique.
+1 beijo
Maria
Natália Correia - uma mulher e pêras.
Espero viver dentro de mim! Lindo!
Beijinho Petite Marie
Kim
Sabes com costumo chamar à Natália?
"Uma gaja Porreira". Isto, é o maior elogio que faço a uma mulher.
Como gostava de ser como Ela! Mas sou só,a Petite Marie, cheia de inseguranças, medos, dependências. Às vezes, armo em valente, vou buscar forças nem sei onde, para logo a seguir, voltar a ser frágil, com uma necessidade enorme de carinho, de mimo,de amizade. Acho que tenho qualquer coisa de cão.
Beijinho
Maria
"A poesia é para comer" e acabei de comer uma iguaria feita de poesia !
Beijinhos
Verdinha
Verdinha querida
A poesia é para comer, saborear e guardar no fundo de nós. Natália sabia-o.
Beijinho
Maria
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