Sonhos
Sonhos tive muitos,
deixei-os p’lo caminho.
Uns esquecidos, os outros
nados mortos.
Sonhei ter asas, guardei-as
num cantinho.
Tudo o que fiz foi por
caminhos tortos.
Sonhei chegar a ser ”Soror
Saudade”
Cantar lezírias, não
charnecas como ela.
Sonhei ser poetisa da
Saudade,
Meu Deus, como queria ser
Florbela.
Depois li a Sofia e sonhei ser,
A dona do mar e das
estrelas,
A “Menina do Mar” queria
ver,
Ser eu a espuma, ser eu as
caravelas.
Ser “Príncipe da Dinamarca”
quem me dera!
Ser a poetisa eleita por um
dia.
E passei a vida toda nesta
espera
De ser Florbela, ou de
nascer Sofia.
Maria
Até um dia destes.
Maria
29 comentários:
Poetisa Mary...!
Gostei de ler.
E não quer pouco, hem...?! Nada mais, nada menos do que ficar entre Florbela e Sophia... ora bem! Assim é que é. Gostei.
É recente este poema, Mary?
A Gaivota Mary está de volta e vem como Poetisa. Boa!
Um beijinho.
Amiga:
As minhas duas musas, não se zangariam comigo. Saberiam, que não era presunção, era admiração, quase adoração por ambas.
Poetisa, eu? Só em sonhos.
Falta-me o fôlego, as asas, tanta coisa.
Os poetas não são deste mundo. Eu tenho os pés presos à terra.
Já tem uns dois anos, isto.
Ainda não tenho coragem para escrever.
Beijinho
Estou contente!
Constato que, a minha querida irmãzinha portuguesa, está mais alegrinha. Deu gargalhadas, ouvindo e vendo humor na TV. Publicou seus lindos"Sonhos"!
Duas postagens, bem próximas.Isso prova, que a dor da tristeza já está menos aguda...
Isso aí, mana, "alto astral", é a ordem do dia. Tenho certez que sua querida mãe, como a minha dizia, vez em quando: "Tristezas, não pagam dívidas"...ou algo parecido.
Eu volto, pra senti-la,a cada vez, mais alegre. Deixa brotar as gargalhadas, faz bem à alma, maninha...
Beijinhos, de tão longe,
da mana Lúcia
Lucinha, minha irmã brasileira:
A dor vai dando lugar à saudade.
Já consigo sorrir e tento brincar.
É muito difícil ainda, entrar em casa, quando volto da rua.
O meu cãozinho, já não abana o rabito, nem olha para mim, com aqueles doces olhos, que tão bem conheciam a minha disposição.
Tudo se acaba.
Qualquer dia, voltarei ao que sempre fui.
O tempo é um grande remédio.
Obrigada, maninha, tão longe e tão perto.
Beijinhos
Maria
Caríssima Maria:
Gostei do seu "Sonhos". Obrigado por no-lo dar a conhecer.
E é bom sonhar!
Quem sonha, vive;
Quem vive, sonha...
Uma saudação muito especial.
J. Rodrigues Dias
Obrigada, meu querido Poeta.
O seu comentário, fez-me muito bem.
A amizade especial da
Maria
Mariazinhamiga
Sonhar, sonhamos todos à porfia
Ser alguém, ser bandido, ser doutor
Sem cuidar muito de que geografia
Não vai muito para além da dor
Sonhos são eternos, são espuma
Acabam onde não há coisa nenhuma
Sonhar era fácil no triste cinema
Que tínhamos no tempo da ditadura
Em que a letra mesmo de um poema
Ficava presa nas mãos da censura
Sonhos são eternos? Em coisa nenhuma
Acabam como acaba o mar: em espuma
Há sonhos complicados, inconvenientes
Há-os cor-de-rosa, cor de esperança
Há uns que não nos são indiferentes
Há os que se quer mas não se alcança
Eternos os sonhos? Nada, são só espuma
Mas temos de acreditar em coisa alguma
Mais uma tentativa, aliás embotada, de responder a uma Poetisa como tu, com rimas mal-amanhadas dum gajo que se diz mais prosa mas que, por vezes, cai na esparrela da versalhada. Desculpa-me a ousadia e o consequente trambolhão.
3abçs & qjs para tu
Henriquamigo:
Não és poeta, tu? Tu és o verdadeiro "Fingidor". Tapas a sensibilidade enorme, que tens, com uma capa grossa, que pode convencer alguns, mas nunca me enganou.
Que lindo, Henrique! Mancos? mal rimados? Belos, sentidos. Não me digas mais, que não és poeta.
Obrigada, meu amigo.
Beijinhos da
Mariamiga
Querida Maria,
Sonhaste e conseguiste exprimir os teus sonhos com poesia !
Parabéns, amiga ! Ainda bem que estás a "arrebitar".
Beijinhos
Verdinha
Querida Verdinha:
Se um dia deixar de sonhar, é porque estou morta.
Desde que nasci, sempre sonhei.
E apesar das tristezas,não deixo de sonhar.
Obrigada, minha amiga.
Abraço
Maria
Muito bonito o poema. Sonhos todas temos. Muitos. Tenho para mim que se cada um de nós concretizasse um décimo dos seus sonhos o mundo seria muito melhor, mais igualitário e mais feliz.
Eu tive um sonho maior que todos os outros. Infelizmente só realizado pela metade. Mas melhor metade que nada não é?
Florbela não gostava de ser. Ainda que me julgue mal, mas salvo um ou utro poema não gosto da Florbela. Sophia sim. É o sol da poesia portuguesa.
Um abraço e tudo de bom para si
Elvirinha querida:
Julgá-la mal, porquê? Cada um tem o direito de gostar ou não, do que quer.
Também vi alguns sonhos realizados. Talvez os mais importantes.
Os outros, foram mesmo sonhos.
Gosto sempre dos seus comentários sinceros e amigos.
Beijinho
Maria
Muito bonito o poema :D
Gostei!
Beijinho
Rita
Ritinha:
Tenho andado fugida, não te tenho visitado.
A morte do meu canito, tirou-me a vontade de passear na Net.
Logo que possa, passo lá.
Obrigada pelo comentário, minha querida.
Beijinhos
Maria
Minha querida Maria
Tenho lá no Xaile a prova provada de que é poetisa e das mais sensíveis e talentosas. Senão vejamos: o poema ao meu xaile, o lírio branco, o poema ao Alexandre O'Neill (que vou colocar no lado direito do blog), enfim e todos os seus comentários que me trazem sempre essa alma rica que é a sua.
Por isso, vê-la a postar um poema seu acho mais do que natural e, mais, acho obrigatório :) porque precisamos ter acesso a essa gaveta que tem aí em casa com todas essas letras lindas.
Este poema, 'Sonhos', é lindíssimo! e vem fazer com que queiramos beber mais aí desse manancial... Sonhos, é sempre tempo de os concretizar. Eu, tenho alguns, que me parecem quase quase inacessíveis, mas a esperança não esmorece. :)
Beijinhos
Olinda
P.S.Tem sido uma complicação a gestão do meu tempo. Não consegui ainda fechar a semana da lusofonia nem de falar de outras coisas...
Bjs
Minha querida Olinda:
Se eu não tivesse a noção da minha pequenez, a minha amiga convencia-me que as minhas tentativas, valem alguma coisa.
Adoro poesia, admiro os verdadeiros poetas, mas sei, que as minhas tentativas, são apenas isso mesmo. Às vezes, lá tenho um rasgo, mas falta-me o fôlego.
Como Sá Carneiro, sem razão, dizia, eu digo, com razão: Faltou-me o Golpe de asa.
De qualquer maneira, minha querida e doce amiga, fico-lhe muito grata pelos elogios.
Talvez, abra a gaveta. Talvez corrija algumas coisas, que estão incompletas, talvez...
Beijinhos e a amizade da
Maria
Mariazitamiga
Cá volto eu, desta vez sem rimas nem decassílabos, nem coisas dessas que me assustam, ainda que digas o contrário.
A capa grossa é toucinho em quantidade suficiente para os 116 quilitos. Perdi quase nove em Goa, com o calor e com o andar - a pé, obviamente, porque no outro tinha elevador...
Prontos, sem s, espero resposta, desta feita segunda. Mesmo que seja quinta; feira já nós temos que chegue, a fazerem de nós palhaços. Viva o Relvas! O ministro que é um verdadeiro cozido à portuguesa: com todos.
3qjs e abç para, ops, 3abçs e qjs para tu. A Kel manda xêros
Henriquamigo:
Estás um bocadinho gordinho, é verdade. Cuidadinho com a saúde, de rapaz.
Vou entrar numa época ocupadérrima.
Para a semana, vou para o Algarve, ver a filha e o genro. Quando vier, devo ir para casa do mais velho. Temos filhos, neto, cães, piscina, praia e saímos daqui, o que dá jeito.
A casa ainda está cheia de lembranças do meu Nabão.
Depois de tudo entrar nos eixos, vamos arranjar um almocinho saudável, tipo, peixe grelhado e brócolos, ou assim.
Abraços dos homens, beijinhos para a Raquel e para tu da
Maria
Que bela notícia esta de saber que vais para a semana para o Algarve !
Fazes tu muito bem de sair de casa, é bom para sarar as feridas. Vão ficar as cicatrizes mas a dor vai atenuar-se.
Beijinhos
Verdinha
Maria
Que poema lindo.
Adorei.
Saudades do Nabão. Também eu e não sou de lá.
Beijos
Querida Verdinha:
Vou ao Algarve uns dias, pois tenho saudades da minha filha. Agora, que infelizmente, já não tenho o meu cãozinho, a prender-me aqui, poderei sair, com mais frequência. Precisamos de sair daqui, onde tudo ainda fala dele.
Abraço
Maria
Zé amigo:
Gosto tanto do meu Rio, que o meu cão teve o nome dele.
Tenho saudades da minha terra, mas as asneiras que lá têm feito, são tantas, que até tenho medo de lá ir.
Os primeiros sons, que ouvi, foram o sino de São João a bater o meio-dia e o barulho do rio.
A minha terra é linda, não é?
Beijinho
Maria
Maria, passei para ver como estavas de saudades do teu amigo fiel; fiquei feliz por ver este teu magnífico poema; não te alarmes...digo magnífico, porque na realidade assim o acho; olha, eu de poesia sou um autêntico zero à esquerda, como se costuma dizer; não me sai nada em verso, por isso tenho que te dar os parabéns. Fiquei muito contente por ver que estás a melhorar e que vais passar uns dias com a tua filha. Aproveita bem, pois o teu amigo não te quer ver triste. Até qualquer dia, amiga! Um beijinho carregadinho de carinho
Emília
Amiga Emília:
Obrigada pelo teu cuidado e pelo comentário, tão simpático.
Ainda não recuperei totalmente, mas o meu marido e os meus meninos, têm ajudado. Os meus amigos daqui, também têm sido uns queridos comigo.
Mas ainda o procuro pela casa. Quando saio, ainda penso, que ele está só em casa.
É difícil apagar de repente, 14 anos de vida.
Mas querida, a Maria já tem 67 anos, já sofreu muitas perdas, já disse adeus, muitas vezes.
Vou reagir. O que não quer dizer que esqueça.
Obrigada de novo, amiga.
Beijinhos da
Maria
Olá, minha amiga
Venho para o chá das cinco, com biscoitinhos... :)
Desejo-lhe dias doces, com cheiros a maresia e muito sol, (li, aí atrás, que vai uns dias para o Algarve) e aprecie na totalidade esses momentos de descontracção. Espreguiçar, espreguiçar,espreguiçar...
Desejo também que continue a sonhar, aliás, todos nós devemos sonhar e muito.
Beijinhos
Olinda
Querida Olinda:
Que bem me souberam o chá e os bolinhos!
Os dias que fico no Algarve, vão ser poucos e cheios. Não dá para espreguiçar,muito menos preguiçar.
Em meados de Julho, é que saio daqui a sério. Há alguns anos que não saímos de casa no Verão, por causa do meu canitinho. Agora, já nada nos prende, infelizmente.
Beijinhos, minha doce Olinda.
Maria
Oi, Maria, irmã
Vim desejar uma semana alegre, continuando pelos dias seguintes....
Trazer também o meu carinho, num apertado abraço.
Até!
Lúcia
Lucinha, maninha brasileira:
Esta semana vai ser atribulada. Amanhã, faria anos minha mãe. De manhãzinha, vou ao cemitério, pôr as flores dela. A tarde, será preenchida com tratamentos de beleza. Tenho que fazer uma limpeza de pele, pois os cigarros, fizeram estragos. Quarta, arrumar malas, preparar as coisas. Quinta, ida para o Algarve. Sexta, depois te digo, no teu blogue. É um dia feliz para mim. Sábado, vinda para cima.
Domingo, devo dormir o dia todo. Depois, limpeza da casa, preparar para ir para Sesimbra, para casa dos filhos. Enfim, querida. Vou levar o portátil, mas não juro escrever muito.
Vou arranjar inspiração, nas matas e águas da minha amada Arrábida.
Logo que possa dou notícias.
Beijinhos, mana.
Maria
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