
Este tempo de calor, que tanto fogo tem espalhado pelo nosso já tão devastado país trouxe-me à ideia à Igreja mais bonita que vi em Lisboa, em 1957.
Situada em plena Baixa Lisboeta, junto ao Rossio, a Igreja de São Domingos, fazia parte do Convento do mesmo nome. A primitiva começou a ser construída em 1241. Era medieval, mas ao longo dos anos foi recebendo obras que a foram modificando. A Capela Mor esteve em obras em 1748. Talvez por isso foi a única parte da Igreja que não ruiu em 1755. Foi depois reconstruída, com traça de João Ludovice, arquitecto de Mafra, executado por Manuel Caetano de Sousa.
O Portal e a sacada que o encima vieram da Capela Real do Paço da Ribeira. Tinha muitos e belos altares de talha dourada, Imagens e quadros valiosos, pedras em mármore de várias cores. O seu traçado era barroco, em forma de cruz latina, com alguns elementos maneiristas que ainda se podem ver na sacristia e nos túmulos da cripta, como belos azulejos em ponta de diamante.
Lá casaram D. Carlos e D. Amélia no século XIX.
Fiquei deslumbrada com a beleza desta Igreja. Um dia em 1959, o meu irmão que ma tinha mostrado e sabia como ficara impressionada, deu-me a triste notícia de que a Igreja tinha ardido.
Nunca mais lá passei. Quero guardar a imagem da Igreja linda, onde imaginara um príncipe e uma linda princesa, subirem aquela Nave imensa e dourada, para se casarem e “serem felizes para sempre”. Não foram e a Igreja ardeu.
Em 1994 fizeram umas tristes obras, tapando o telhado, limpando os mármores, deixando as colunas de pedra escurecidas e partidas pelo fogo. Isto ouvi dizer. Como já disse, não entro mais lá. Prefiro guardá-la na memória, bela e cheia de dignidade, junto com outras coisas que amei e perdi.
Até um dia destes.
Situada em plena Baixa Lisboeta, junto ao Rossio, a Igreja de São Domingos, fazia parte do Convento do mesmo nome. A primitiva começou a ser construída em 1241. Era medieval, mas ao longo dos anos foi recebendo obras que a foram modificando. A Capela Mor esteve em obras em 1748. Talvez por isso foi a única parte da Igreja que não ruiu em 1755. Foi depois reconstruída, com traça de João Ludovice, arquitecto de Mafra, executado por Manuel Caetano de Sousa.
O Portal e a sacada que o encima vieram da Capela Real do Paço da Ribeira. Tinha muitos e belos altares de talha dourada, Imagens e quadros valiosos, pedras em mármore de várias cores. O seu traçado era barroco, em forma de cruz latina, com alguns elementos maneiristas que ainda se podem ver na sacristia e nos túmulos da cripta, como belos azulejos em ponta de diamante.
Lá casaram D. Carlos e D. Amélia no século XIX.
Fiquei deslumbrada com a beleza desta Igreja. Um dia em 1959, o meu irmão que ma tinha mostrado e sabia como ficara impressionada, deu-me a triste notícia de que a Igreja tinha ardido.
Nunca mais lá passei. Quero guardar a imagem da Igreja linda, onde imaginara um príncipe e uma linda princesa, subirem aquela Nave imensa e dourada, para se casarem e “serem felizes para sempre”. Não foram e a Igreja ardeu.
Em 1994 fizeram umas tristes obras, tapando o telhado, limpando os mármores, deixando as colunas de pedra escurecidas e partidas pelo fogo. Isto ouvi dizer. Como já disse, não entro mais lá. Prefiro guardá-la na memória, bela e cheia de dignidade, junto com outras coisas que amei e perdi.
Até um dia destes.