Não conheço, pessoalmente, a Mariana Palavra, mas conheço bem a família dela.
Vareira, jornalista, 31 anos. No Haiti durante o terrível sismo, a sua voz e imagem, aparecem em todos os noticiários.
As nossas famílias foram sempre íntimas. A tia é uma das minhas melhores amigas. Há dias, tínhamos falado da Mariana. Quando ouvi a notícia do sinistro, foi a primeira pessoa que me veio à ideia.
Apressei-me a telefonar à tia e, esta disse-me que ela estava viva e bem fisicamente. Deveria voltar breve.
Depois, vi a Mariana e ouvi-lhe a voz. Uma voz aparentemente calma. Falava dos amigos que perdeu, daqueles de que não sabia o paradeiro, do horror que presenciava.
Hoje, ao ler as notícias, vi que a Mariana vai ficar lá, onde precisam dela, diz.
Sabe-se lá porquê, não fiquei admirada. Talvez porque sei de que fibra é aquela família feita. Apreensiva, sim. A mãe, a tia, os irmãos, devem estar em pânico. Esperavam a volta dela, para a acarinhar e, fazer esquecer um pouco, o pavor que viveu e continua a viver. Mas devem estar muito orgulhosos também. Eu estou.
Mariana, não nos conhecemos, mas de agora em diante, entraste na minha galeria de heróis e heroínas.
Talvez um dia, os nossos caminhos se cruzem. Gostava de te abraçar, de te dizer tudo o que em mim provocaste.
Obrigada Mariana Palavra. Tu és a prova de que afinal, a tua geração não é a “Geração Rasca”. Ainda há muita gente boa e muita mulher valente.
Até um dia destes.
Vareira, jornalista, 31 anos. No Haiti durante o terrível sismo, a sua voz e imagem, aparecem em todos os noticiários.
As nossas famílias foram sempre íntimas. A tia é uma das minhas melhores amigas. Há dias, tínhamos falado da Mariana. Quando ouvi a notícia do sinistro, foi a primeira pessoa que me veio à ideia.
Apressei-me a telefonar à tia e, esta disse-me que ela estava viva e bem fisicamente. Deveria voltar breve.
Depois, vi a Mariana e ouvi-lhe a voz. Uma voz aparentemente calma. Falava dos amigos que perdeu, daqueles de que não sabia o paradeiro, do horror que presenciava.
Hoje, ao ler as notícias, vi que a Mariana vai ficar lá, onde precisam dela, diz.
Sabe-se lá porquê, não fiquei admirada. Talvez porque sei de que fibra é aquela família feita. Apreensiva, sim. A mãe, a tia, os irmãos, devem estar em pânico. Esperavam a volta dela, para a acarinhar e, fazer esquecer um pouco, o pavor que viveu e continua a viver. Mas devem estar muito orgulhosos também. Eu estou.
Mariana, não nos conhecemos, mas de agora em diante, entraste na minha galeria de heróis e heroínas.
Talvez um dia, os nossos caminhos se cruzem. Gostava de te abraçar, de te dizer tudo o que em mim provocaste.
Obrigada Mariana Palavra. Tu és a prova de que afinal, a tua geração não é a “Geração Rasca”. Ainda há muita gente boa e muita mulher valente.
Até um dia destes.
29 comentários:
Mariana, um nome a eter, de uma grande e corajosa mulher, vou estar atenta às noticias se a vejo, esse horror tão cedo não sairá da sua lembrança, mas dará graças a Deus por estar viva, viva para contar como foi..Um abraço forte, a ti e à familia. Pobres dos que já não voltam..Um abraço a ti, da laura
Mariana Palavra, uma menina valente, vinda de gente valente, trabalhadora, inteligente e muito sensivel. Mais uma vez, o sangue não mente.
Vou ver se ainda falo hoje com a tia, que precisa muito de ternura também.
Esperemos que tudo corra bem à grande Mariana.
Um abraço grande a ti
Maria
Petitamiga
São as Marianas desta fibra que me fazem acreditar (ainda) nos Valores Humanos e, por extensão, no Jornalismo e em muitos Jornalistas. Uma palavra apenas para a nossa Mariana Palavra: E=x=c=e=l=e=n=t=e!
Abs divs e qjs para tu e para a Mariana
Mais uma grande tragédia mundial. Quantas vidas terão sido engolidas pelo sismo, para além das actuais estimativas?...
Ainda hoje de manhã tinhamos falado da Mariana, e disseste-me que, talvez por ser jornalista, fosse mais fácil sair de lá. Mesmo que tenha essa facilidade, não virou as costas. Admiro pessoas assim!
Beijinho.
Maria;
A Mariana apenas mostrou que no interior de cada jornalista há um coração que bate e tem sentimentos. Que enfrenta tragédias com o olhar esguio do momento e em seguida abre a alma à enorme solidariedade com que ajuda aqueles que viveram a tragédia que deu em noticia...
Através deste teu post também eu quero prestar homenagem à coragem da Mariana em decidir ficar para ajudar e a todos os jornalistas, nem sempre compreendidos em suas missões.
Bjs às duas...
Osvaldo
Tmbém louvo a atitude da Mariana. Perante a impotência de tanta gente resta a garra dos que acreditam.
Um beijinho Petite Marie
Se todos abandonassem a tragédia, seria uma tragédia.
Essa já se abateu sobre os jornalistas mortos em 2009.
Para os sedentos de sangue e tragédia, sentados no sofá, têm que existir corajosos.
Cumprimentos.
Fiz há pouco um pequeno donativo. Fui pelo site do Millennium BCP.
Este, é o nº da conta, cedido pelo BCP:
0033 0000 4530 7610691 05
Henriquamigo
Sabia que a "minha" Mariana, te ia tocar.
Nestes momentos as pessoas "demonstram-se". Jornalista de uma estação de rádio da ONU, sobeviveu sob uma secretária, para depois chegar cá fora e ver quase todo o resto do edíficio em ruínas. E vai ficar no seu posto. Tu e todos os verdadeiros jornalistas, devem sentir-se orgulhosos, por ainda haver jornalistas à moda antiga. Eu, orgulho-me da menina, sobrinha filha e parente, de pessoas que me são muito queridas e da mulher.
Que a sorte a proteja e, que nunca perca os ideais e a força, que neste momento trágico a guiou.
Há mais Marianas, ainda. A nossa MM é uma delas, a quem, infelizmente a sorte e o país onde trabalham, não deixam vencer. Lembrei-me dela, sabes?
Tudo isto me tem abalado. A catástofre, a Mariana, as mocinhas que largaram tudo, para irem para o terreno. Queria ter idade e fibra para fazer o mesmo.
Abraços dos homens, beijinho à Raquel e queijinhos para tu.
Maria
Meu Corvo
Tal como esperava, a tia está medrosa, mas orgulhosa da miúda.
O horror que os haitianos vivem, deve ser indescritivel. Depois de terem gramado anos, o Papa Doc Duvallier e o seu medonho Baby Doc, depois das condições subhumanas em que já viviam, isto foi o fim deles. Acho que já não consigo ver mais notícias. Estou demasiado impressionada com tudo aquilo. A S.C. vai fazer alguma coisa?
Beijinhos
Mãe
Kim
Felizmente ainda há Marianas, para mostrar que, a juventude não está assim tão má, como nos querem fazer crer. Ainda há sangue nas veias deles e não só droga, como alguns pensam.
E, afinal, não é o tempo das grandes atitudes? Continua a ser, quer queiram, quer não.
Beijinho
Maria
Osvaldo
Mesmo com os muitos jornalistas (jornaleiros) sensacionalistas, que só querem ganhar o deles, ainda há Marianas e jornalistas a sério. Conheço alguns e admiro-os e respeito-os.
Para a Mariana e os outros, toda a minha admiração.
Beijinho para ti e Anita
Maria
Sim, Maria. Temos sempre a TV ligada no gabinete e acabei de ouvir a voz da "Mariana Palavra" a dar-nos conta da terrível situação do! Creio que enquanto esteve no ar, se via a sua fotografia, mas estava a trabalhar e não olhei.
Contou que se abrigou debaixo duma secretária e de como, no meio da desgraça, se sentiou grata por estar viva! Até registei a frase que dirigiu ao colega que viu emergir dos escombros:
- "Estás com um penteado fantástico!"
A família e amigos bem podem sentir-se orgulhosos dela!
jinhos
José Torres
Para toda a gente, ou quase, a partir do terceiro dia, a tragédia passa apenas a ser motivo de curiosidade mórbida. "Afinal, tanta conversa, por uma coisa passada tão longe! A gente tem é que olhar pela nossa vida". Eu ouvi isto ontem e, pensei que, felizmente ainda há Marianas. Estão todos convencidos que a desgraça só bate à porta dos outros.
Obrigada pelo comentário.
Maria
Meu Corvo
Obrigada pela dica.
Beijinho
Mãe
Pascoalita
A família e amigos, sentem-se orgulhosos, mas como é natural, um bocado apreensivos, com o que se possa passar com ela.
Obrigada e beijinho
Maria
A "santola", por muito grande que seja, só se pode mover no seu reino. É muito pequena para todo o oceano.
Hoje vi as notícias, e aquilo está muito mau: há dificuldade na chegada das ajudas aos locais de maiores necessidade, devido aos destroços, e falta de meios.
Deus nos livre de uma coisa dessas!
Meu Corvo
Com toda a miséria que por cá vai, já é bom que se mova no seu elemento.
Tens razão. Tudo o que passou e está a passar no Haiti, é pavoroso.
Que a mãe Natureza nos poupe. Quanto mais vejo e ouço nas notícias, mais horror me mete. A falta de meios, a devastação, a falta de coordenação, dificilmente aquele pobre país voltará a ter uma vida normal. A Mariana está bem e pronta a lá ficar. Ela e outras. A terra continua a tremer.
Já vivi uma pequena amostra do que aquilo é no Pico. Sei o que dói. E, como tu costumas dizer: "Em Nabuangango tu não viste nada".
Beijinhos
Mãe
Maria, a desgraça teima em bater à porta dos mais pobres e indefesos, mas, tem de ser assim. Por vezes queria que ela batesse na porta do ricos, para saberem o que é e sentirem que é preciso ser solidário para com todos, nenhum ser nos é inferior...Um beijinho da laura
Não conheço a Palavra,
entrei cedo numa tasca,
sou um pendura, um crava
sou duma geração rasca.
E já tenho setenta anos!
Quem me dera pertencer,
ter os mesmos desenganos
que a Mariana irá ter.
Mas ter igual esperança
de que tudo vai sanar
ter a força de criança
para tudo ultrpassar.
A minha força aqui deixo
p'ra juntar a outrs forças.
Para jogar ao baldeixo,
pra correr como as corças.
Tenhas bom fim-de-semana,
Um bom ano, bela vida!
Não sei quem és, Mariana,
mas já te amo, querida.
Força e coragem, é preciso,
mais que maneiras, juizo,
p'ra evitar o prejuizo,
e merecer um paraíso.
Beijinhos
André Moa
Querida Laura
A desgraça toca a todos. Só que o dinheiro ajuda a fazê-la paracer menor.
Mas é claro que os pobres, os velhos e as crianças, são quem mais sofre, nestas alturas.
A Mariana está bem físicamente. A tia (minha amiga) falou hoje com ela. O sismo e todo o resto a que tem assistido, vão marcar-lhe a alma, para sempre. Mas ela é uma menina valente.
Beijinhos
Maria
Querido André
A amizade entre a minha família e a da Mariana, vem de há mais de 70 anos. Minha mãe e tias, viam na tia avó da Mariana, quase uma irmã.
A tia dela é uma das minhas mais antigas e queridas amigas. Assim, o caso da miúda tocou-me bem fundo.
Tenho estado em contacto diário com a tia, que está muito nervosa e apreensiva. Hoje, já falou com ela via telemóvel.
Por isso, meu amigo, te agradeço o teu poema, que a seu tempo, a Mariana lerá. Entretanto, sou eu que te digo, obrigada.
Abreijos
Maria
Maria,
Essas dores desconhecidas
esses encontros com o destino ficam-nos gravado a ferros
no corpo, no olhar, na alma.
A vida pode passar
os anos podem correr
mas nunca mais vamos esquecer
o que a vida nos deu de sofrer!
Já passei por muita dor
nos Abris de setenta e quatro
jamais esquecerei o horror
que fizeram com o diabo a quatro!
Por isso digo à Mariana
que esquecer isso; jamais
a dor há-de passar
mas a lembrança; nunca mais!
Foi bom ela salvar-se
e acredito que agradecida, estará
e as forças que ela tem em si
mais Deus lhe acrescentará!
Porque nada é por acaso
nada fica por fazer
e aqueles seres tinham horas
marcadas para morrer!
Desejo à Mariana
uma vida plena de realizações, de sonhos, de amor, paz, felicidade.
Um abraço da laura e para ti, da tua flor de linho, beijinhos sem fim...
Bom dia, minha querida amiga, Maria :)
... passei para deixar-te um mimo e um abraço.
http://mariananohaiti.blogspot.com/
faz copy e cola no navegador. tenho a certeza que vais gostar ;)
c
Querida Carlinha
Obrigada pelo miminho e pela dica.
Tenho sabido todos os dias da Mariana. Está tão calma quanto possível e, disposta a ficar lá. A família está apreensiva, mas sabe com quem está a lidar. A Mariana é mesmo assim. Nada a vai demover do seu propósito.
Beijinhos para os 4 da
Maria
Querida Maria,
A Mariana provou que não é só de Palavra mas de actos ! Toda a minha admiração vai para ela !
É realmente nas catástrofes que se vê que ainda existem muitas pessoas boas no mundo, mas fazem os seus actos discretamente e só assim é que, ás vezes, se descobre que não há só pessoas más no mundo.
Espero que estejas melhor, querida Maria, bem como o teu mano mas o facto de ver que durante a minha ausência, publicaste 2 vezes já me dá alivio.
Mtos Beijinhos daa
Verdinha
Verdinha querida
Estou um pouco melhor, mas muito cansada. O meu irmão também vai melhorando gradualmente. Obrigada pelo teu cuidado.
Quanto à Mariana, como já disse, não a conheço pessoalmente, mas conheço bem a família dela. São todos pessoas de fibra. A tia já falou com ela e as noticias são boas, dentro do possivel. São jovens como ela, que me fazem pensar, que há Esperança para o mundo.
Felizmente há muitas Marianas, boas, valentes e preocupadas com os outros. É nas grandes tragédias que se conhecem as pessoas.
Beijinhos e mais uma vez,obrigada.
Maria
Não fazem ideia de quantos vezes me tenho lembrado de qualquer dia calha-nos a nós.
Se fosse eu ficava sem PALAVRA, todavia a amiga da Maria, demonstra com a sua PALAVRA, que é muito mais mulher de acção e as coisas não se resolvem com pouca PALAVRA.
Tenho inveja de gente assim, mas orgulho de as haver.
Jinhos minha amiga
E vamos indo, assistindo a tragédias que nos deixam Gregos para as entender...
Hoje aqui, amanhã ali, já houve um terramoto em Lisboa,a qui também, há muitas ruinas, escavações que o demosntram, enfim, será onde tiver de ser, e, para longe vá o agouro...beijinhos Maria..laura
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