quarta-feira, 14 de abril de 2010

As voltas que o mundo dá


Em 1867 tinha minha bisavó materna, entre várias outras coisas, uma quinta perto da Póvoa de Santo Adrião (documento da foto). Lá viveu os últimos anos da sua trágica e atribulada vida e lá morreu. Tinha uma filha pequenina, que ficou entregue à irmã mais velha, que por acaso era sobrinha da mãe. Confusos? Eu explico. Meu bisavô e trisavô, personagem que detesto sem nunca o ter visto, casou com uma sobrinha que lhe deu três filhos e morreu nova. Levou ele para casa, a outra sobrinha, irmã da primeira, para lhe criar os filhos. Em paga, resolveu dar-lhe mais que fazer e pôs-lhe uma menina nos braços. Ela adoeceu, ele caridosamente pô-la na tal quinta à espera da morte e casou com outra, que não era sobrinha. Estão baralhados? Olha se eu fizesse como o Camilo e me pusesse a contar a história da minha família toda!?. Hoje não conto. Já temos confusão que baste para um só dia.
Temos uma bisavó enganada, com uma filha pequenina, a minha avó, a irmã da minha avó, que por acaso também é minha bisavó (como? fica para outro dia), uma quinta desaparecida na bruma do tempo. A minha avó cresceu, casou, teve 11 filhos, morreu ela e o marido, deixando-os novinhos e sós. Isto também fica para outro dia.
Ora, quando o Corvo comprou a casa dele e me disse onde ficava, houve qualquer coisa que me chamou a atenção. No baú dos papéis descobri este documento. Descobri-o, e as suspeitas confirmaram-se. O sítio onde é a casa dele, fez parte da dita quinta.
Curioso não é? Andámos a investigar os limites da propriedade e bate certo. Quer dizer, a casa do Corvo é na quinta que foi da trisavó. Quem sabe no próprio sítio onde era a casa em que escondeu a sua vergonha (naquele tempo era assim que se chamava ter um filho sem ser casada), a sua doença, toda a solidão da mulher abandonada por um crime que não foi dela. Ele, como já disse, casou e deve ter sido muito feliz, teve outra filha, morreu muito velho.
Ai se eu fosse o Camilo!... Ele com alguns parentes e muito engenho, imaginação e arte, escreveu perto de 200 volumes. Eu tive uma família enorme cheia de dramas Camilianos, falta-me o engenho, a arte. A imaginação não faz falta, porque só a verdade dava uma data de volumes.
E pronto. Mais uma volta do mundo, mais uma história das muitas que guardo na memória e no velho baú dos papéis.
Não sei porquê, acho que há pessoas bastante baralhadas hoje.
Não vos prometo entrar em explicações, pela vossa sanidade mental. Um amigo de meu pai, um dia que ele lhe tentou explicar, que era primo de si mesmo, ia ficando maluco.
Até um dia destes.

35 comentários:

Je Vois La Vie en Vert disse...

Querida Maria,

É o que se passa quando se vai remexer no passado !!! LOL

Nunca ouvi falar deste tipo de histórias na minha família, talvez por não existirem ou por serem mais bem escondidas... Mas também há uma certa explicação : na Bélgica nem pensar em casar ou juntar-se com primo/as ou sobrinhos/as, acho por ser proibido pelo código civil sendo considerado inceste.
No entanto tenho uma grande família porque tenho 50 primos direitos e nunca me interessei muito pela minha árvore genealógica, erradamente talvez (?) porque diz-se por aí que temos sangue azul austriáco. No entanto quando mo tiram está sempre encarnado....;)) LOL
O que isso mudaria na minha vida saber a verdade ? Reivindicar direitos, bens ? Como sabes, gosto mais do presente do que do passado.
Mas que o mundo dá muitas voltas, ah, isso dá ! E ele é tão pequeno no entanto....

Beijinhos amigos

Verdinha

Unknown disse...

Mariamiga

Família à parte, cada um tem a que tem e ponto. Foram os árabes que criaram o aforismo: os amigos escolhem-se; a família calha-nos.

Eu, que sou um pária assumido, dei cabo da árvore genealógica dos Alcântara de Melo, brâmanes e assim. O primeiro baptizado foi o D. Ignacyo de Melo e o acontecimento ocorreu em 1587... Chiça, ké muitano!...

Quando um dia, em Luanda, o meu sogro me pediu a minha ancestralidade para colocar no ramo em que a Raquel estava, salvo, seja, foi o desastre.

Antepassados a sério não tinha porque devia ser muito caro tê-los.Por isso, respondi-lhe que só uma certidão de nascimento - e narrativa - me poderia elucidar sobre quem tinham sido os meus bisavós. E dos avós, só conhecera os maternos, porque os paternos já tinham falecido quando eu vim a este desgraçado Mundo.

Enfim, é o que pode arranjar...
Abs múltiplos, obrigado ao Artista pelos ensinamentos e bjs para tu

PS (pois...) - A Raquel já começou com a nova medicamentação; na sexta-feira vai medir três vezes interpoladas a miserável tensão. Vidas...

Vasco disse...

Gostei muito deste post.
Quis o destino que tomasse posse daquilo que já foi "nosso". Que coincidência.

Beijos do primo Corvo.

Kim disse...

Sabes Maria, eu sou um apaixonado por estas "estórias" e coincidências. Talvez, numa vida passada, tenhamos sido compinchas de segredos e desditas.
Acho que recuar no tempo é uma forma de avançar no futuro.
Estas sim, são as recordações da Petite Marie.
Um grande beijinnho

Anónimo disse...

Querida Maria,
Cada vez me convenço mais de que não há coincidências!
Nada acontece por acaso.
Beijinho cheio de saudades da tua
Rosa Chá

P.S.- Entro de férias na próxima semana,. Vou visitar-te!

Laura disse...

Maria, oh, Maria, se fosse á arvore geanológica dos meus avós, tambéme assustava e assim, deixa estar.. Tem graça, acabei de postar sobre a casa de Camilo em S. Miguel de Ceide, de ele ser perseguido mais a Ana Plácido, ó valha-nos, nem quem se amava o podia fazer ás claras...o que eram as leis e o tempo..e assim. Toda a vida houve e haverá mulheres traídas, enganadas, mas foi lindo o Vasco comprar a casa num lugar que lhe devia ter sido doado,decerto andou por aí a mão de algum dos avós... ah, ah, pois é, mas pelo menos está no mesmo terreno, acho giro as voltas que a vida dá...Que ele se sinta bem no local e haja boas energias no apartamento..beijinho da laura..

Adoro ler coisas assim, faz lembrar a casa dos meus avós, por enquanto ainda é nossa, enorme, cheia de sol e de luz com uma vista incrivel...enfim, é o passado, o presente e o futuro, juntos, pela mão de alguém..
laura

Maria disse...

Querida Verdinha
Eu gosto de remexer no passado. Descobre-se muita coisa triste, mas há histórias giras.
Quanto aos casamentos entre parentes, recorda-te que grande parte das casas reais europeias, se casavam com primos, primas, tios etc. Pela tua maneira de ver, eram todos incestuosos.
O meu sangue é vermelho clarinho e nunca me preocupei com essas coisas, mas parte das pessoas da minha família usa anel de brasão. Como boa republicana que sou, acho isso uma grande fantochada. Todos nascemos de igual forma e morremos igualmente.
Quanto ao dinheiro e propriedades que a minha família teve, não vi um tostão e tenho vivido sem ele.
Espero que lhes tenha sido bem gasto.
Abraço
Maria

Maria disse...

Henriquamigo
Eu e o João começamos a fazer a árvore genealógica dos nossos filhos, para eles saberem alguma coisa da família. Com os meus documentos, fotografias antigas, histórias e nomes que eu me lembro de ouvir à minha avó e à dele, conseguimos chegar à quarta ou quinta geração. A pertir de aí, desitimos. Tenho um extenso documento, feito por um primo do meu pai, que vem da era dos Afonsinhos, mas não tive paciência para o ler. Para mim, (efeitos dos filmes antigos de cow boys) há os bons e os maus. A partir daí, deixo de me interessar.
O dinheiro e bens nunca me passaram pelas mãos. Tudo o que tenho, foi por nós comprado, com alguns sacríficos. Vale muito mais que coisas herdadas.
Depois, como republicana assumida, essa coisa da nobreza dá-me vontade de rir. Pode ser-se um burro e duque ou conde. Tenho orgulho nos meus pais e sogros, pessoas boas, honestas e trabalhadoras. Detesto este meu bi-trisavô, pois além de tudo, era prestamista. Camilo fala dele num livro em que conta a morte do pai. E garanto que não diz bem.
Somos quem somos e mais nada.
Espero que a Raquel se dê bem com o novo tratamento.
Abraços dos homes, beijinhos e as melhoras da Raquel e queijinhos para tu
Maria

Maria disse...

Primo Corvo ( em 5º grau)
Vai saber-te melhor ter conquistado a pulso com o teu trabalho, a tua casinha, do que se a tivesses herdado.
O passado só serve para lembrar.
Lembras-te da quadra que o avô dizia muitas vezes?
Ser português é ser tarado
Viver agarrado ao passado que morreu.
É como estar esfomeado
à espera do jantar que já comeu.

E com esta me vou.
Beijinhos e goza bem a tua casinha bem ganha e merecida.
Beijinnhos da
Prima

Maria disse...

Kim, meu amigo
Esta e outras histórias são a única herança que recebi. Por isso as guardo com muito carinho.
Esta é muito mais complicada. Cheia de dramas, mistérios, gente boa e má.
Tenho uma família grande e a pouco e pouco, fui retendo na memória, muita informação. Não é do meu feito, contar as coisas boas e esconder as más. Ou conto a verdade ou não conto.
Ainda há papéis para explorar, memórias para reviver. Enquanto tiver a memória que meu pai me deixou, vou contando. Por enquanto continua a funcionar bem.
Beijinho
Maria

Maria disse...

Minha Rosa Chá
Espero-te para a semana.
Quarta e quinta vou a Tomar com o meu irmão, o João e a minha cunhada.
Eles vão à lampreia. Eu, logo se vê.
Dá notícias.
Beijinho muito amigo
Maria

Maria disse...

Querida Laura

Foste a Ceide? Que inveja! Tenho saudades de lá ir, respirar aquele ar de drama e tragédia de duas almas muito infelizes.
A última vez que lá fui, fiquei impressionada. Chovia, trvejava, faltou a luz e o ambiente era mesmo à Camilo. Quase ouvi os gritos de Jorge, o louco, e o tiro que o matou.
Beijinhos, nina
Maria

Laura disse...

Bom dia bem madrugador querida Maria, já estou a pé há um ror de tempo para fazer de motorista e enquanto o patrão faz a higiene, estou aqui a tomar cafézinho.

Que pena que vieste cá num dia mau, eu fui num belo dia de Primavera e o sol entrava por lá que nem te digo, se é evrdade que pensei no Jorge e no infortúnio deles, é bem verdade que dia quase que sentia a presença deles por ali, como se ao abrir a próxima porta, estivessem á minha espera para beber um cházinho de erva cidreira!...Ceide fica perto de Braga pela nacional, nem demora mais que 15 minutos sem trânsito...


O teu Vasco que voltou a ocupar os terrenos que faziam parte da sua herança, é algo giro, pagou por eles, tudo bem, mas como nada é por acaso, alguém fez questão que fosse para onde devia ir..muito giro... Que seja muito feliz na casinha dele e que esteja cheia de boas energias...
Deixo-te desejos de um bom acordar. Aqui choveu d enoite... Laura

mariabesuga disse...

Adoro este tipo de estórias, Maria. São a nossa vida, o sentido, ou às vezes a falta dele, com que fomos trazidos a viver esta vida que é a nossa e que, quem sabe, mais tarde fará "arrepiar" alguns dos que se seguirão.
Aparte isso, este teu bisa/trisavô era "da pesada"...
Vidas!!! que as havia assim e piores...

Ainda mais aparte disso... um abraço muito grande para ti, de mim.

maria girassol
(desejo que estejas/m bem)

Maria disse...

Querida Girassol
Foi tão bom ter notícias tuas!
Estas histórias velhas, fora de moda, são também as que prefiro.
Este bi-trisavô era uma bela prenda.
Ela coitada é que teve uma triste vida. Sempre me impressionou, porque, sem culpa, foi banida do círculo familiar, escondida e doente. Ao que sei, morreu acompanhada de uma velha tia, única com a irmã, que não a abandonaram. O patife, limitou-se a ir ao funeral e "consentiu" que fosse para o jazigo de família, sem identificação. Só lhe serviu, enquanto foi nova, saudavel, lhe criou os filhos. Depois descartou-se dela e arranjou outra. Pobre menina rica que tão triste fim teve.
Tenho algumas cartas dela para a irmã, em que lhe pede que tome conta da sobrinha/irmã e afilhada. Já chorei a lê-las. As mulheres sofriam muito nesse tempo, continuam a sofrer muito ainda.
Aquele abraço de sempre e um montão de saudades da
Maria

Maria disse...

Laura
Já pensate quantas vezes Ana Plácido terá torcido a orelha, por ter deixado a sua vida toda, por um homem que tão mal lhe pagou?
Trocar o certo pelo duvidoso é sempre arriscado.
Beijo
Maria

Laura disse...

Maria, nem todos torcem a orelha, nem sabemos como foi sei que foi bem infeliz com o filho Jorge e todos, naquele tempo era outra vida mas trocar de marios ou amantes nos dias de hoje é canja, mas como eudigo; nunca o fiz mas não digo que desta água não beberei...certo? esperos empre manter-me no caminho que tracei desde novita, assim, o que tiver de ser,será... nem todos têm bons maridos ou companheiros, depende... Muitas que encontramos com ar feliz nem o são, apenas tentam manter as aparências para que a familia ou amigos não se aperceba e isso não é viver, é falsidade...eu que o diga..beijinho e abraço apertadinho e feliz fim de semana te desejo... laura

Andre Moa disse...

Quero dar os parabéns
à nova camiliana.
Só não dou os meus amens
ao teu trisavô sacana.

Nunca gostei de louvar
homem que é varrão fogoso.
Teu bi-tri faz-me lembrar
o padreca de Trancoso.

Não te falta arte e engenho.
Tens uma saga incrível.
Só precisas de empenho
e de tempo disponível.

A casa que o Vasco comprou
à força de trabalhar,
faz-me lembrar: «o que é nosso
à mão há-de vir parar.

E que a goze com saúde, paz e alegria, que bem o merece e tu e o João igualmente.
Abreijos
André Moa

Maria disse...

Querido André
Vê lá tu que grande traste
Me saiu o bisavô!
Se tivesse mais sobrinhas
Já não sabia quem sou.

Ainda por cima vivia
Do que aos tesos tirava
Que raio de alma tão fria
nem ela se aproveitava.

Escrever livros a Maria?
Não faltava material
Mas há coisas que sabê-las
Me fazem bastante mal.

O Vasco lá tem a casa
Que não herdou, mas comprou
Fica perto a minha asa
Inda hoje cá passou.

Abraços deles para ti.
Beijinhos para as meninas
E para aquele que é para ti
mais valioso que minas.

E beijinho muito amigo da
Maria

Je Vois La Vie en Vert disse...

Querida Maria,

Vou falar-te um pouco da monarquia belga que é relativamente recente (desde 1831)e não tem casos de casamentos entre familiares.

O primeiro rei Léopold I casou com uma princesa inglesa que faleceu e depois em 2ªs núpcias com Louise Marie d'Orléans, filha de Louis-Philippe, rei de França.

O segundo rei Léopold II casou com Marie-Henriette,arquiduquesa da Austria.

O 3º rei Albert I casou com Elisabeth, duquesa de Bavieira.

O 4º rei, Léopold III casou com a princesa Astrid de Suécia.

O 5º rei, Baudouin casou com a Doña Fabiola de Mora y Aragón, espanhola.

O 6º e actual rei casou com a Princesa Ruffo di Calabria, italiana.

Como podes ver, não existe consanguinidade na monarquia belga.

Não quero dizer que não existiam casamentos consanguíneos na Bélgica mas não era muito corrente. Aconteceram mais em tempos de guerra.

Beijinhos

Verdinha

Maria Soledade disse...

XIIIIII... Maria,que confusão de parentescos!!Eu sou uma naba do pior quando se trata de saber quem é parente de quem.Limito-me aos parentes chegadinhos e pouco mais.Acho o máximo teres remexido o teu baú de recordações e encontrares essa "pérola"!Refiro-me à quinta porque o tal de bisa/trisavô devia ser um trastezinho jeitoso, ahahahahah...

Já me entretive a fazer a minha árvore genealógica mas como os ramos eram pouquitos limitei-me aos presentes, aos passados recentes, e baldei-me para os ante,ante,antepassados...:)

Já agora, a propósito de parentescos proponho-te/vos um desafio.Lá vai...

Um rapaz bate à porta de uma mulher.
A mulher pergunta:-Quem és?
Ele diz:A tua sogra é filha da minha sogra.

Pergunta-se:Afinal qual o grau de parentesco deste rapaz com a mulher?

Vá lá, puxar por essas cabeçinhas...

Eu,como não era de esperar outra coisa,ERREEEEEEEEEIIIIIIIIIII, ihihihihihihih...

Beijinhos kida MUUUUUUIIITOOOOSSSS

**Fico à espera da resposta...

Laura disse...

Ahhh e vinha eu deixar uns bons dias..li a Soledade e, ora pois, deixa lá ver se desfaço o imbróglio..

a tua sogra é filha da minha sogra... vá lá laurinha começa a pensar..imagina..

mas sogra de quem? a tua quem? nem interessa..andor..


só pode ser uma cunhada!

Acertei? ora nem sei, vejamos...

Beijinhos e um belissimo Domingo..da flor de linho

Maria disse...

Querida Verdinha
Não te vou contar toda a árvore geneológica dos reis portugueses, porque são muitos. O 1º rei, D. Afonso Henriques, começou a reinar em 1139. Na 1ª dinastia foram 9, se não contarmos com D. Beatriz, casada com o rei de Castela. Chamou-se Dinastia Afonsina e houve vários casamentos com princesas castelhanas, aragonesas, primas ou sobrinhas dos ditos. Safou-se D. Afonso III, casado com Matilde de Bolonha. Até D. Inês de Castro era prim de D. Pedro, pelo lado materno.
A 2ª começou com D.João I, filho bastardo de D.Pedro, que casou com uma Inglesa, D.Filipa de Lencastre, mãe de uma geração célebre: "A Ínclita geração, Altos Infantes", entre os quais se contava D.Henrique, o grande impulsionador dos Descobrimentos.
A partir daí, foi um tal jogo de casamentos entre portugueses com primas direitas portuguesas e castelhanas, que só visto. Chamou-se Dinastia Joanina ou de Aviz e teve 12 reis. Por tal, perdemos a Independência em 1385. A segui vieram os três Filipes espanhóis. Em 1640, foi declarada a Restauração de Portugal e o Rei escolhido, era casado com D. Luísa de Gusmão, espanhola de sangue. Esta dinastia teve 14 reis, chamou-se Dinastia de Bragança e foi a mais "incestuosa". Eram primos e primas, tios e sobrinhas, umas trocas baldrocas de todo o tamanho. Geralmente, quando um príncipe português se casava com uma inglesa, alemã, princesa de Sabóia, França, uma prinesa portuguesa casava nessas casas. A consanguínidade estendeu-se a quase todas as casas reais da Europa. A Raínha Victoria chegou a ter netos em quase todas elas. Até a czarina Alexandra era neta dela. Já vês, minha amiga, o que faziam os interesses de estado.
A nobreza e a burguesia seguiam os mesmos passos. Em nome do dinheiro, poder, "pureza" de sangue, tudo valia.
Obrigada pela lição de história da Bélgica recente. Gosto desta coisas.
Quanto aos meandros da História de Portugal, pergunta ao Leo. Estou certa que ele deve saber.
Abraço grande
Maria

Maria disse...

Querida Sol
Pois é. A Maria até se pela por estas coisas velhas e relhas. Achei piada ao facto da casa do Vasco, ficar no sítio onde era a casa da minha triste bisavó.
Detesto o raio do bi-trisavô. O raio do tipo era mau como todos os diabos.
Um dia talvez volte à história dela.
Beijinhos, minha querida.
Maria

Maria disse...

Sol
Estou com a Laura. Só podiam ser cunhados.
B.
Maria

Maria Soledade disse...

Nananinanão...Essa também eu disse!

Vá lá,pensem mais um cadinho, se não conseguirem eu depois dou a resposta.

AHAHAHAHAH...eu sei que é difícil!!

Beijinhos e um bom fim de dia

Maria Soledade disse...

Xi Maria, tu dominas a História de Portugal! A minha Mãe também era(é)uma doente por História.Só cá falta a nossa Estrelinha que é VICIADA em História.BACK...eu não gosto, nunca gostei, estudei por obrigação, e lembro-me bem que na 4ªclasse chorava por culpa da História porque dizia que aquilo não interessava a ninguém, que os Reis já tinham morrido todos...Enfim,desculpa esfarrapada que não adiantava nada, porque a Mãezinha obrigou-me a meter na mona aquela Reizada toda...que frete!! Hoje,já dou mais valor à História mas continua a não ser a minha paixão...

Parabéns miúda Grande memória!!Eu só pesquei alguma coisita, o restante já não fazia parte do meu arquivo de memórias!!

Beijinho

Je Vois La Vie en Vert disse...

Permitas-me, querida Maria ?

Querida Soledade,

O meu cérebro já está a fumegar...
Será o sogro dela ?

Eu até gostava da história, ela é que não gostava de mim porque não queria ficar na minha memória....;))

Que bom ver-te por aqui !
Beijinhos

Verdinha

Laura disse...

Ai não que não atino com mais nada..

Minhas queridas, ri tanto convosco que nem vos digo..e torno a pensar e repensar e não vem mais nada ao prato...
Vá a ver quem acerta, bolas nina eu ponho-me a imaginar pessoas e..deixa lá ver de novo..um xi, laura

Laura disse...

Só se for genro! e mai nada...ahhhh...

Maria Soledade disse...

PARABÉNS VERDINHA!!!! Claro que é o SOGRO da MULHER.

Vou tentar dar um exemplo com a Laura.

Laura, imagina o teu filho Nuno casado.O teu marido batia à porta dela e esta perguntava:Quem és? Ele respondia:A tua sogra é filha da minha sogra,ou seja:A sogra dela és tu,certo?E tu és filha da tua Mãe que por sua vez é sogra do teu marido.Logo,se tu és a sogra, ele só podia ser o sogro dela.PERCEBESTE?

Ahahahahah...parece difícil, mas é muito fácil...

**Estamos a imaginar claro,que a "mulher" do Nuno não conhecia o sogro!!

Isto é apenas um desafio, para obrigar os nossos cérebros a fumegar como diz a Verdinha.

Mais uma vez Parabéns à Verdinha que...ACERTOU EM CHEIO!!!

Kida Maria, desculpa ter ocupado o teu espaçinho...

Beijinhos MUUUUIIIITTOOOOOOOOSSSSSSSS

**KK dia volto com outro enigma.Eu adoro!!!

Je Vois La Vie en Vert disse...

Querida Maria,

Pois é o meu cérebro fumegava
mesmo porque estava a fazer desenhos e não conseguia atinar com os nomes das pessoas e depois pensei : só pode ser uma pessoa da mesma idade, da mesma linha e arrisquei o sogro porque os bombeiros já estavam à porta...Já recebi o prémio : o regresso da nossa Sol e dos seus "Beijinhos MUUUUIIIITTOOOOOOOOSSSSSSSS".
Fico à espera de mais enigmas...

Foi com agrado que verifiquei que o meu "silêncio" te inspirou !
Mais uma prova que o silêncio tem o seu lado bom e que foi bom eu ficar calada para ouvir os outros...

Beijinhos

Verdinha

Alva disse...

Olá Maria,

Tens toda a razão: "As voltas que o mundo dá"...
E eu bem posso testemunhar isso!

Enfim... para a Soledade, sim eu sou VICIADA em história!

Quanto ao enigma... hihihi ela tinha de fazer das suas, e é assim que a Estrelinha gosta!! :)

Muitos beijinhos para ti Maria,
Gosto muito de ti!
Estrela d'Alva

Maria disse...

Pequenina
Poucos saberão o gozo que dá, estudar História, investigar, espiolhar, descobrir.
Eu sabia que tinhamos muita coisa parecida. Esta é uma, mas há mais de certeza.
Beijinhos querida
Maria

Lipp disse...

Olá Maria.

Desculpe estar a incomodá-la, mas estava a fazer uma pesquisa e encontrei o seu blog. O meu nome é Liliana Pacheco e sou jornalista do programa 'A Tarde é Sua', da TVI. Estou a preparar um tema em que pretendo encontrar pessoas que, apesar de terem nascido em berço de ouro, nunca deram grande importância à questão do 'status social' e da fortuna familiar. Através de alguns comentários seus, que tive oportunidade de ler, percebi que a Maria, apesar de descender de boas famílias, dá mais importância aos valores morais e ao património que é gerado através do trabalho e do empenho pessoal, do que aos bens ou fortuna da família.
Assim sendo, gostaria muito de falar um pouco consigo, para tentar perceber se a Maria, efectivamente, se enquadra no tema que estou a preparar. Deixo os meus contactos e endereço de mail, para o caso de se disponibilizar a conversar comigo: lpacheco@atardeesua.com.pt/ 91 001 95 09 ou 21 434 04 20.
Grata pela atenção.
Melhores cumprimentos
Liliana Pacheco