sábado, 31 de março de 2012

A André Moa


Por tudo o que contigo aprendi, obrigada.
Pelo abraço trocado, numa tarde de Dezembro, obrigada.
Pelos generosos comentários, que aqui escreveste, obrigada.
Pelos teus belos poemas, obrigada.
Pela tua alegria, pelas tuas canções, obrigada.
Porque continuas a ser o amigo de sempre, mesmo depois da partida, obrigada.
Guardar-te-hei sempre no meu coração.
Abreijos, meu amigo, tão longe e tão perto.
Maria

15 comentários:

Olinda Melo disse...

Querida Maria

Lembro-me da sua amargura de então.
Acompanho-a na sua saudade, desejando que sirva de alguma consolação a ideia de que o seu amigo poderá estar num sítio melhor, livre de sofrimento.

Uma noite descansada, cara amiga.

Beijos

Olinda

Maria disse...

Querida Olinda:
Conheci este amigo, Aqui. Mais tarde, conheci-o pessoalmente. Era um ser de eleição. Excepcionalmente culto, duma alegria e boa disposição, irradiantes, apesar da doença que o minava. Num almoço em que se juntou um grande grupo, ele cantou, recitou, foi o Rei do dia.
Era o nosso Líder incontestado. Todo o grupo se ressentiu muito, com a morte dele.
Ontem fizeram-lhe uma grande e merecida homenagem, a que não consegui ir. Por isso, lhe fiz uma singela homenagem particular.
Era um Homem a sério, amiga.
Muito obrigada, pelas suas palavras amigas.
Agora, já sabe, que a Maria, quando diz que é amiga, é mesmo.
Beijinhos
Maria

Alva disse...

Olá Maria

Sabes, lamento imenso esta distância que não me permitiu conhecer o Moa pessoalmente nem sequer ir à sua homenagem...

O Moa para mim era um autêntico exemplo de força.

Como diria Alexandre O'neill, parafraseando Oswald de Andrade:
Os heróis são
os heróis vêm
os heróis vão...


Muitos beijinhos
Da tua pequenina

Maria disse...

Minha Pequenina:
Como tu dizes, o O'Neill diz, o Andrade confirma, o Moa era assim.
Partiu, mas deixou marcas eternas, na sua passagem pela terra.
Ele merece tudo. A nossa saudade, homenagens, tudo.
Foi um privilégio, tê-lo conhecido.
Só o vi uma vez. Quando nos encontrámos, o abraço que trocámos, foi de dois amigos de muito tempo.
Obrigada e beijinhos
Maria

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Uma bela homenagem, dedicada a um
grande queridíssimo amigo.

Um abraço fraterno, Maria querida,
da Lúcia

Maria disse...

Lucinha querida:
Era realmente, um Grande Homem e um Grande Amigo.
Desejo uma BOA PÁSCOA, para minha irmã brasileira.
Beijinhos
Maria

Mariazita disse...

Maria, querida amiga
Não tive o privilégio de o conhecer, mas pelo teu texto imagino que tenha sido um ser de eleição.
É talvez um lugar comum dizer "acabou-se-lhe o sofrimento", mas, no fundo, é uma grande verdade. E, tendo vivido com Deus, está com Ele, sem dúvida.
Linda, a tua homenagem!

Amiga, eu não estou doente. O meu marido é que não está nada bem, e só Deus sabe o que nos espera. Por isso o meu tempo ( e até mesmo a disposição...) não abunda.
Muito obrigada, de coração, pelo teu carinho e amizade.

Se não nos "virmos" antes da Páscoa, desejo que a passes com muita Paz, Amor e saúde.

Beijinhos muito amigos.

PS – Por motivos alheios à minha vontade não tive possibilidade de vir ao pc durante mais de uma semana, e por isso só hoje estou retribuindo e agradecendo a sua visita.
Conto com a sua compreensão. Obrigada!

Maria disse...

Mariazita amiga:
Este amigo era um ser muito especial.
Desgostos, a terrível doença, que o levou, nada lhe tirou a alegria de viver. Escreveu um livro "Mau tempo no anal", onde conta grande parte do calvário que viveu, mas de uma forma tal, que por vezes, parece que nada daquilo se passou com ele. Tem vários livros de poesia. Declamava e cantava, maravilhosamente bem. Faz uma grande falta à familia e aos amigos.
Quanto ao seu problema: mando-lhe o meu mail: magaejoao@gmail.com
Se quiser desabafar, eu sei ouvir e calar. Pode contar comigo para tudo o que estiver ao meu alcance.
Desejo que tudo corra pelo melhor, com o seu marido e uma Páscoa em Paz.
Beijinhos e amizade da
Maria

Kim disse...

E eu tive a felicidade de o acompanhar nestes três últimos anos de calvário.
Tinha uma força incrível e parecia que não padecia de nada.
Tenho muitas saudades dele e algumas horas de filme e fotos que lhe tirei.
Uma das últimas frases dele quando esteve, pela derradeira vez, com o nosso grupo foi:
- De agora em diante, quando me quiserem ver, têm de pagar muito bem ... ao KIM!
Ainda hoje, quando vejo esse seu desabafo, gravado em video, me arrepio.
Mas ... a vida continua!
Beijinho minha Petite Marie!

Maria disse...

Kim, meu amigo:
Quem me dera, ter tido a tua sorte e a tua força, para acompanhar o André!
Se por um lado, me sentia muito bem com ele, por outro, o sofrimento dele, lembrava-me outros, que vivi de perto. A minha mãe, a minha sogra, o meu sogro e o meu pai, Kim,o meu pai, que tinha a alegria, a vontade de viver, aquele ateísmo muito peculiar, do André, apareciam-me quando estava com ele.
Egoísta, tentei fugir a mais um sofrimento. Não consegui. Não assisti ao sofrimento dele, mas senti-o. Sinto falta dos comentários dele, dos versos que trocámos, do único abraço que demos, na Parede. Sinto-lhe a falta. Leio os livros, vejo os blogs, vejo as fotos.
Para ti, deve ser pior ainda.
Eu sinto o nosso grupo desaparecer, desde a morte dele.
Beijinhos, amigo.
Chega de tristezas.
Boa Páscoa para vós.
Maria

Elvira Carvalho disse...

Conheci o André como conheci outros blogueiros pouco depois de ter entrado neste mundo da blogosfera. Durante um tempo frequentei um seu blogue de que não recordo o nome. Lembro-me especialmente dum post em que ele aparecia com o netinho, E de outro que relatava um encontro de amigos salvo erro na Beira Alta. Da sua doença e da edição do seu livro.
Depois tive um problema com o Sexta, o blogue onde guardo os lins das pessoas das pessoas que mais visito, e perdi todos os lins. Fui-os recuperando um a um à medida que me vinham visitar. Mas o André não voltou. E nunca mais soube dele até que o Kim publicou a noticia da sua morte.

Para si que era amiga pessoal dele deixo o meu abraço e este poema

POEMA DO AMIGO MORTO

Quem morreu, não foi ele.
Foram as coisas, que deixaram
de ser vistas pelos seus olhos.
Quem morreu, não foi ele.
Foram os objetos que a sua
mão deixou de tocar...
(...)
Não foi o sangue que lhe parou
de fluir, nas veias:
foi, antes, o vinho que ficou imóvel,
na garrrafa.
Não é ele o defunto,
é o mundo
que morreu nos seus cinco sentidos.
É o sol,
o grande sol pendido
que ainda lhe ilumina o rosto.
É a rosa,
a rosa quente que já esfria,
no corpo onde, a todo momento,
abria e fechava a corola...

Cassiano Ricardo

Zé do Cão disse...

Maria, estamos na Páscoa mais uma vez.
O meu abraço, felicidades, saúde e cuidado nada de partir dentes com as amendoas. Pela minha parte pouco importa, com o dinheiro que ganhamos já temos pouco para trincar.


Beijo

Maria disse...

Querida Elvirinha:
Obrigada pelo poema, tão lindo, como verdadeiro.
O André, estará vivo, enquanto for lembrado e isso, vai acontecer muito tempo.
Boa Páscoa para si e os seus, minha amiga.
Beijinho
Maria

Maria disse...

Zé amigo:
Não vou comer amêndoas, porque não gosto muito.
Que tal, uma fatia de Pão de ló, regada a Moscatel?
Boa Páscoa para ti e família.
Beijinho
Maria

Je Vois La Vie en Vert disse...

Querida Maria,

Não tinha visto este teu post sobre o nosso amigo André Moa.
Só posso fazer minhas as tuas palavras, acrescentando só que vivi o sofrimento dele, que o abracei em Setembro de 2011, sabendo de antemão que seria a última vez, que fez parte das pessoas queridas que perdi em 2011, que chorei quando "partiu", que gostei de cantar para ele no funeral "Paz Señor" tendo a certeza que ela a merecia e que oss olhos ainda ficam húmidos quando penso nele.
Beijinhos, minha querida amiga
Verdinha