A minha sogra vivia em Cascais, numa casa enorme e bem situada.
Havia o hábito de chegado o Verão, alugar a casa ou parte dela, aos veraneantes. Ela, geralmente, alugava a casa toda, salvo um compartimento onde guardava as coisas que não deviam servir aos inquilinos. Tinha na altura, a casa da mãe, para onde se mudava de armas e bagagens. Os inquilinos já eram certos. Alugavam a casa todos os anos.
Nós, filhos e netos, íamos passar férias em Junho. Julho e Agosto eram os meses mais procurados.
Ora, houve um ano, em que antes de me vir embora, fiz questão de a ajudar a arrumar a casa para os arrendatários.
Andava-mos as duas estafadas. Uma tarde, depois de almoço, pusemos os homens e criancinhas na rua e, fomos arrumar a enorme despensa. No meio da azáfama demos com um enorme frasco de vidro de boca larga, onde ela fazia a mais deliciosa “Ginjinha” que já bebi. No fundo do frasco restavam as ginjas. Resolvemos pô-las numa tigela e lavar o frasco. Só que, num ataque de gulodice, resolvemos provar as ditas. Provámos, comemos e, quando demos por isso, a tigela estava vazia e nós cheias de sono, tontas, impróprias para trabalhar. Deviam ser umas duas da tarde. Sentámo-nos no sofá, adormecemos e... acordámos com os homens a entrar em casa, para jantar, eram sete da tarde.
Fomos fazer o jantar, tontas, com a cabeça a rebentar de dor e enjoadas com o cheiro da comida.
Ora, se nessa altura houvesse o “Guronsan”, nada disto acontecia.
Nada, é um modo de dizer: tínhamos comido as ginjas, tínhamos dormido, mas ao acordar, teríamos tomado o comprimido mágico e, pronto.
Foi esta a maior bebedeira que apanhei, mas que saudades das ginjas e sobretudo, daquela que as partilhou comigo.
Não me importava de voltar atrás... com o “Guronsan” por perto.
A receita veio tarde demais, JC. Agora já estou velha para ressacas, mas obrigada pelo conselho.
Até um dia destes.
Havia o hábito de chegado o Verão, alugar a casa ou parte dela, aos veraneantes. Ela, geralmente, alugava a casa toda, salvo um compartimento onde guardava as coisas que não deviam servir aos inquilinos. Tinha na altura, a casa da mãe, para onde se mudava de armas e bagagens. Os inquilinos já eram certos. Alugavam a casa todos os anos.
Nós, filhos e netos, íamos passar férias em Junho. Julho e Agosto eram os meses mais procurados.
Ora, houve um ano, em que antes de me vir embora, fiz questão de a ajudar a arrumar a casa para os arrendatários.
Andava-mos as duas estafadas. Uma tarde, depois de almoço, pusemos os homens e criancinhas na rua e, fomos arrumar a enorme despensa. No meio da azáfama demos com um enorme frasco de vidro de boca larga, onde ela fazia a mais deliciosa “Ginjinha” que já bebi. No fundo do frasco restavam as ginjas. Resolvemos pô-las numa tigela e lavar o frasco. Só que, num ataque de gulodice, resolvemos provar as ditas. Provámos, comemos e, quando demos por isso, a tigela estava vazia e nós cheias de sono, tontas, impróprias para trabalhar. Deviam ser umas duas da tarde. Sentámo-nos no sofá, adormecemos e... acordámos com os homens a entrar em casa, para jantar, eram sete da tarde.
Fomos fazer o jantar, tontas, com a cabeça a rebentar de dor e enjoadas com o cheiro da comida.
Ora, se nessa altura houvesse o “Guronsan”, nada disto acontecia.
Nada, é um modo de dizer: tínhamos comido as ginjas, tínhamos dormido, mas ao acordar, teríamos tomado o comprimido mágico e, pronto.
Foi esta a maior bebedeira que apanhei, mas que saudades das ginjas e sobretudo, daquela que as partilhou comigo.
Não me importava de voltar atrás... com o “Guronsan” por perto.
A receita veio tarde demais, JC. Agora já estou velha para ressacas, mas obrigada pelo conselho.
Até um dia destes.
10 comentários:
Olá Tia Maria :D
Como estás?
Eu estou bom, já tinha saudades de vir aqui, mas tenho andado muito ocupado. Sabes como é, testes e mais testes, trabalhos e mais trabalhos. A vida dos miudos é complicada.
Gostei muito de ver esta foto, a ponte e ao fundo o museu dos Condes de Castro Guimarães!
A Mãe gosta muito deste Museu.
Para terminar digo-te que não és velha, és só mais antiga e podes ir á farmácia comprar isso e beber uns copos! depois o chefe Costa toma conta de ti e o Nabão.
Beijinhos e até mais logo, vou acabar de ler um livro que tenho de apresentar em Português =)
MARTIM
Olá meu amiguinho:
Já tinha saudades de ver um comentário teu.
A tia também gosta muito dessa parte de Cascais, sobretudo do Museu e do Parque que o rodeia.
Sabes? Não posso beber muitos copos, porque os meus rins não gostam. Mas um copinho de vez em quando, ainda vai.
Que livro estás a ler?
Prepara-te bem, para teres boas notas.
E não esqueças nunca, que os livros são grandes amigos.
Beijos para a Mãe e manos e um especial para ti.
Tia Maria
Olá Maria.Fico feliz que tenha gostado,será sempre bem-vinda.Tem razão o Pico é lindo e as pessoas maravilhosas, se cá vier diga-me.Beijinho
((**S**))
Pico mimha ilha
Olá outra vez Tia Maria!
Acabei de ler "A Grande Batalha" do André Amaral e agora estou a ler "Histórias da Terra e do Mar" da Sophia de Mello Breyner Andresen.
Agora vou ouvir musica, aqui está a chover muito e faz muito vento. Não gosto nada de noites e dias de temporal.
Até amanhã Tia Maria, uma noite feliz, para ti!
Beijinhos, meus, dos manos e da Mãe.
MARTIM =)
Que bom é ler um blogue de afectos e com uma caixa de comentários feliz, afectuosa também, e ler os "sábios conselhos" do MArtim.
Um beijo, Maria.
Afectuoso.
Normalmente não preciso de Guronsan. Bebo pouco e raramente estou de ressaca.
Gosto imenso de ginja e quando a arranjo, costumo fazer umas garrafitas dela.
Sou um pouco esquisito. Só gosto de vinho, uisque, bagaço, rum, gim, cointreau e mais meia dúzia de bebidas.
Pouca coisa!
Beijinhos Petite Marie
Martim:
Ainda bem que gostas de ler.
Os livros de Sophia de Mello Breyner Anderson são uma maravilha.
Também estive a ouvir um bocadinho de música: Chopin, tocado pela Maria João Pires. A noite está má.
Vou deitar-me e ler um bocadinho, para ver se durmo.
Até amanhã, meu querido e sábio amiguinho. Beijinhos para a mãe e manos. Para ti um especial da
Tia Maria
Amiga:
Vou voltar mais vezes ao seu Blog. Será a maneira de matar saudades dessa ilha, que já tantos escritores e poetas inspirou. Ainda há dias comprei o último de Manuel Alegre, outro apaixonado pelo Pico.
O tempo hoje aqui está terrível: vento, chuva e trovoada.
Até um dia destes.
Maria
Alfredo:
Ainda bem que gosta. Quiz fazer deste cantinho um sítio onde todos se sentissem bem e acho que o consegui, pelo menos em parte.
O Martim é um amigo muito especial. Foi ele que me deu a ideia das histórias dos bichos e é um leitor fiel. É um pouco a minha mascote da sorte. É também a prova que se pode gostar muito de alguém, a quem nunca se viu.
Beijo
Maria
Kim:
Tirando essa bebedeira involuntária, com as ginjas, não sou de beber muito, embora não desgoste de um copo com os amigos, ou até sózinha com o João.
Mas tive curiosidade de saber o que era o tal Guronsan.
Está um temporal horrivel e acho que vou beber um chá e deitar-me. Duvido que durma porque o Nabão está cheio de medo.
Coitados dos sem abrigo! Que Deus os guarde!
Que horror deve ser não ter um teto. Como somos felizes e às vezes ingratos com a vida que temos.
Bom. Vou acabar com as filosofias.
Beijo
Maria
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