Vila Viçosa, conhecida como “Princesa do Alentejo”, está muito ligada à nossa História. Sede da casa de Bragança da qual saiu o 1o Rei da última dinastia é uma terra rica em monumentos. O Paço Ducal, o Panteão dos Duques, o Museu dos Coches, que desta vez não visitei, porque já os conhecia e tinha pouco tempo para ver o Castelo, parte da Tapada e... já lá chego.
Teve em tempos idos o nome de Caliopolle, sendo dedicada a Calíope, musa da poesia épica, filha de Zeus e Mnemósine. Daqui vem o nome dos seus filhos: Caliopolenses.
Ora bem. Depois de mostrar a minha enorme erudição nestas matérias, é tempo de falar de quem me levou a Vila Viçosa: Florbela Espanca.
Assim depois de ver o berço onde dormiu o primeiro sono, a casa abandonada em que nasceu, fui ver o túmulo dela. Era minha intenção levar-lhe flores. Não havendo floristas abertas devido ao feriado, restou-me “roubar uma flor” (Zeca, meu amigo Zeca, um dia roubarei uma para ti), isto é, roubei vários ramos de aloendros, a flor do Alentejo. O cemitério fica dentro do Castelo. Logo à entrada está Ela. Uma sepultura de pedra branca, pouco trabalhada, tendo um jarrão vazio aos pés e uma floreira na cabeceira cheia de flores de plástico sem cor sequer. Flores de plástico para Florbela! Apesar da vontade não as deitei fora, é proibido. E não é proibido por flores de plástico na sepultura de uma poetisa? Que sentiria ela? Eu sei o que senti. Na jarra vazia dos pés ficou um ramo fresco de aloendros. Por um dia, Florbela teve flores de verdade.
Em poucas linhas conta-se a história dela, aquilo que se sabe da história dela. Os sentimentos, as mágoas, o amor ou desamor, só ela os saberia.
Nasceu a 8/12/1894. Foi criada pelo pai e a madrasta. Teve um irmão, sua maior afeição, que foi aviador e morreu de acidente. Casou a primeira vez muito nova. O casamento falhou. O segundo também não durou muito. Florbela nasceu cedo demais. Era independente, devia ser-lhe difícil tornar-se uma mulher submissa, obediente, capaz de aguentar a vida monótona das damas do seu tempo. Queria viver, queria escrever, queria ser um ser humano de primeira. Casou terceira vez, foi viver para Matosinhos, numa casa sem horizontes, fechada, escura. A poetisa habituada às vastas planícies Alentejanas ou à vida trepidante de Lisboa, deve ter-se sentido muito infeliz naquela casa, naquela terra, então quase deserta. Conheço a casa por fora e não queria morar lá. A morte do irmão, o falhanço quase certo do casamento, a sua tristeza e parece que também doença, levaram-na no mesmo dia em que nascera, a por termo à vida. Fazia 36 anos nesse dia.
As fotos mostram tudo o que de bonito vi.
Só falta um soneto do seu livro “Reliquiae”.
À Morte
Teve em tempos idos o nome de Caliopolle, sendo dedicada a Calíope, musa da poesia épica, filha de Zeus e Mnemósine. Daqui vem o nome dos seus filhos: Caliopolenses.
Ora bem. Depois de mostrar a minha enorme erudição nestas matérias, é tempo de falar de quem me levou a Vila Viçosa: Florbela Espanca.
Assim depois de ver o berço onde dormiu o primeiro sono, a casa abandonada em que nasceu, fui ver o túmulo dela. Era minha intenção levar-lhe flores. Não havendo floristas abertas devido ao feriado, restou-me “roubar uma flor” (Zeca, meu amigo Zeca, um dia roubarei uma para ti), isto é, roubei vários ramos de aloendros, a flor do Alentejo. O cemitério fica dentro do Castelo. Logo à entrada está Ela. Uma sepultura de pedra branca, pouco trabalhada, tendo um jarrão vazio aos pés e uma floreira na cabeceira cheia de flores de plástico sem cor sequer. Flores de plástico para Florbela! Apesar da vontade não as deitei fora, é proibido. E não é proibido por flores de plástico na sepultura de uma poetisa? Que sentiria ela? Eu sei o que senti. Na jarra vazia dos pés ficou um ramo fresco de aloendros. Por um dia, Florbela teve flores de verdade.
Em poucas linhas conta-se a história dela, aquilo que se sabe da história dela. Os sentimentos, as mágoas, o amor ou desamor, só ela os saberia.
Nasceu a 8/12/1894. Foi criada pelo pai e a madrasta. Teve um irmão, sua maior afeição, que foi aviador e morreu de acidente. Casou a primeira vez muito nova. O casamento falhou. O segundo também não durou muito. Florbela nasceu cedo demais. Era independente, devia ser-lhe difícil tornar-se uma mulher submissa, obediente, capaz de aguentar a vida monótona das damas do seu tempo. Queria viver, queria escrever, queria ser um ser humano de primeira. Casou terceira vez, foi viver para Matosinhos, numa casa sem horizontes, fechada, escura. A poetisa habituada às vastas planícies Alentejanas ou à vida trepidante de Lisboa, deve ter-se sentido muito infeliz naquela casa, naquela terra, então quase deserta. Conheço a casa por fora e não queria morar lá. A morte do irmão, o falhanço quase certo do casamento, a sua tristeza e parece que também doença, levaram-na no mesmo dia em que nascera, a por termo à vida. Fazia 36 anos nesse dia.
As fotos mostram tudo o que de bonito vi.
Só falta um soneto do seu livro “Reliquiae”.
À Morte
Morte, minha Senhora Dona Morte,
Tão bom que deve ser o teu abraço!
Lânguido e doce como um doce laço
E como uma raiz, sereno e forte.
Não há mal que não sare ou não conforte
Tua mão que nos guia passo a passo,
Em ti, dentro de ti, no teu regaço
Não há triste destino nem má sorte.
Dona Morte dos dedos de veludo,
Fecha-me os olhos que já viram tudo!
Prende-me as asas que voaram tanto!
Vim da Moirama, sou filha de rei,
Má fada me encantou e aqui fiquei
À tua espera... quebra-me o encanto!
Florbela Espanca
É triste, não é? Florbela é sempre triste.
Até um dia destes.
29 comentários:
Fui uma vez a Vila Viçosa, há uns 13 ou 14 anos, numa Visita de Estudo. Não conhecia a terra. fiquei encantado com a bela e pura paisagem. Até então, não sabia que Florbela Espanca tinha lá nascido. Mas o meu professor de Português deu tão bem a lição que, quando oiço "Vila Viçosa", associo à poetisa.
Beijos.
Minha querida; não resisti, e vim espreitar. não, não fiquei triste, triste fiquei por ela ter a vida que teve, por ter flores de plastico na campa, a nossa maior Poetisa de todos os tempos, como lhe chamam...minha nossa que desgraçados somos a honrar quem merece...É sempre assim: não foi só ela que se enganou no casamento..somos tantas a fazê-lo, pobre de quem não vive feliz e em estado de amor!...Pobre da nossa Florbela Espanca...
Que lá de onde esteja, possa sentir-se feliz, rodeada de amor, porque o amor é de DEUS!... Um beijinho, não resisti e vim aconchegar-te os lençóis, o calor já se foi..nana bem. laura.
Florbela é do mais triste que há mas muito bonito. Por ser triste, precisamente.
Vila viçosa é Alentejo. Muito bonito também e por ali em redor...
Beijinhos Maria e dorme bem que amanhã por aqui "nos veremos".
Meu Corvo:
Se o teu professor foi quem eu penso, deve ter mesmo ensinado muito bem.
Não viste o Paço? Eu agora não fui lá, porque já o conheço e é tão grande, que não via mais nada.
Olha, no livro do Rocha Martins "Grandes Amores", tem uma história passada lá. Vê se adivinhas qual é.
Beijo
Mãe
Laurinha teimosa:
Disse para não ires ver. Ainda por cima, fui escolher aquele soneto tão triste (tristes são todos, mas aquele é talvez o mais triste).
O calor não passou, mas foi bom teres vindo aconchegar-me. Talvez consiga dormir.
Beijinho flor de linho. Dorme bem.
Girassol:
Eu vou continuar a chamar-te assim.
Liga contigo. Se a Laurinha é a Flor de linho, tu serás sempre Girassol.
É verdade, Florbela é triste. Mas quem como ela soube falar de amor?
E era Alentejana como tu. Grandes mulheres, as Alentejanas.
Beijinhos e abraço de nós para vós.
Boa noite.
Realmente, as poucas mulheres do Alentejo, a alentejo dos sobreiros, das espigas de trigo maduras, das terras secas a lembrar África, são umas grandes mulheres, de luta, de amor, e, envolvem-se em tudo o que diz respeito a segurar a mão de quem sofre!...
Admiro as mulheres Alentejanas, a uma chamo-lhe mãe, é a minha Côca, de quem tenho falado, por vezes, aqui, e, orgulho-me dela pela sua forma de ser, de ter passado mal com tantos irmãos e a ajudar a ganhar o pão de cada dia para todos, uma mulher fabulosa a minha querida Irene!...
Beijinhos, pois, a todas. laura.
Maria, na verdade aquele aperto na alma, continua, é como se fosse uma angústia que teima em sair de dentro de mim.
Talvez eu saiba e sinta o que é
mas, a dor em mim é uma constante
um sentir inebriante
que me faz ficar assim
recolhida em mim...
Há-de passar, tudo passa, não é o que dizem por aí? Felizes daqueles que não conhecem a profundidade do sofrer!..Beijinhos meus e, fica bem, já acabaste de limpar o pó? Vai uma espanadela daqui deste lado?...
Laurinha:
Nem tudo passa. As mágoas ficam, só que a gente habitua-se a elas.
Mas às vezes, a ferida abre e dói e faz lembrar todas as "coisinhas" e "coisas sérias" que nos magoaram durante toda a vida.
Além disso, temos alturas, em que a nossa sensibilidade está mais alerta e qualquer pequeno ou grande, torna-se enorme.
Viver é assim, linda. Eu que estou aqui a dizer coisas "parvas", ando a atravessar uma fase muito má.
Não fiques preoocupada, mas isto também anda mau. Depois conto-te.
O calor não está a ajudar nada.
Levantei-me muito cedo, para ver se conseguia fazer tudo, antes de o calor apertar, mas ele ficou toda a noite, ficou de dia e não vejo maneira de abrandar.
Vê se arrebitas, flor de linho. Eu também vou tentar.
Beijinho e até logo.
Maria hoje já não se pode deixar a porta aberta, os roubos por aqui tem crescido e muito, até aquilo que cultivamos na terra, num dia está lá no outro está em casa de alguém que não tinha(ou não quer nada com o trabalho).Também já andei de porta aberta, até de noite mas já não o faço, os tempos mudam.A porta que ali tenho é uma metáfora que usei para designar o desamparo que vemos por aí, a porta verdadeiramente não é uma porta e sim todos nós que sem paredes,ou algum suporte, simplesmente somos esquecidos, como se não houvesse chave para nos encontrar.Florbela podia ser triste mas via a vida com outros olhos, só não teve quem a entende-se.O tempo por aqui também está quente, ainda nada de banhos de mar, o trabalho apertou aqui mais um pouco e a filha mais velha está em época de exames Nacionais, assim que acabarem iremos, conto tirar uma semana de férias no ínicio do mês e então vamos as três.Beijinhos Maria
Salomé:
Eu percebi a intenção do seu poema, só que a minha cabeça funciona assim: basta uma palavra, para despertar um mundo de lembranças.
Que pena as coisas estarem diferentes! Afinal só passaram 12 anos. O tempo suficiente para mudar tanta coisa.
Beijinho
Olá, vim espalhar o calor, a caloraça, mas, encontrei a nina do pico e andor, fui a correr, porque já tinha saudade dela e, como não a tenho linkada!...
Ai que o osvaldinho me deixou de faces vermelhinhas, ah, mas que casal delicioso, só que..eu nem mereço tanto amor!... Mas, realmente, quem semeia amor, só pode colher sacadas dele, não te parece? ah, que bem me soube o miminho. beijinhos e ainda é cedo para te deitares, mais vale deitares-te na varanda, e já vais pra cama de madrugada mais fresca...laura.
Não é difícil advinhar qual é; pelo nome, logo se vê: "O Drama de Vila Viçosa".
Ainda não li, mas prometo ler.
Beijos
Ai Laurinha, acho que hoje durmo na banheira. O pior é que não consigo aguentar água fria muito tempo. Com o ar condicionado ligado não consigo dormir por causa do barulho. Já não sei o que fazer. Ainda por cima as limpezas deram cabo de mim. Levantei-me cedo, mas como sou muito esquesitinha, levo um bocado a limpar o pó todo dos livros, dos móveis, das coisinhas todas. Até gosto de o fazer, mas não com este calor.
Ando descalça, com pouca roupa e mesmo assim, não dá. E amanhã será igual.
Olha, eu também não me entendo: se está frio, refilo, se está calor, queixo-me. Devia ser sempre Primavera.
Estou para aqui a desfiar conversa e a seguir vou ver outra vez, o livro que o Osvaldo me mandou. É tão lindo, nina. Tens de vir cá ver.
Beijinhos e boa noite.
Meu Corvo:
Acertaste! Agora lê que vale a pena.
Beijinhos
Maria! Florbela teve sempre um pacto com a morte.
"Quando muito me desejares vem depressa aninhar-me no teu regaço."
Faltaram-lhe as planícies alentejanas e um manto negro caiu sobre a sua pena.
A tua flor foi uma bela flor para a Florbela!
Bj Marie!
Maria, e eu à tua espera para leres o novo post, antes que o mude, mas, decerto a esta hora tardia, já dormes...aqui está fresquinho, tenho um cobertor fofo aos pés, para se esfriar, puxar, de noite...
Gosto muito do Outono e da Pimavera, são as estações que melhor assentam nos nossos calores ehhhhhhhh.
beijinhos, dorme bem, levo-te já o chá fresquinho que quente nem sabe bem..té manhã, schiuuuuuu que a maria já está ananar!...flor de linho encosta a porta e sai devagarinho, em bicos de pés, veio descalça...
Kim
Há dois poetas portugueses com uma relação estreita com a morte: António Nobre, devido à orfandade precosse e à doença, Florbela, devido às circunstâncias em que nasceu (filha de um pai que só a reconheceu como tal já mulher), falhanços amorosos uns atrás dos outros, a morte do irmão adorado, mas sobretudo, aquele exilío forçado, em Matosinhos. Matosinhos era, há cinquenta anos quando conheci, uma terra esquesita, meia terra de pesca, meia aldeia de interior. Do sítio onde ela morava não se via o mar. Era uma casa escura, numa rua feia, poeirenta, sem plantas, acho que sem pássaros. Quando ela lá morou ainda devia ser pior. Para qualquer pessoa era mau. A pobre Florbela, estiolou.
No diário do último ano, ela dá vários indícios de uma profunda depressão, muito para além da sua morbidez habitual.
A última frse do Diário, escrita a 2 de Dezembro, 6 dias antes de morrer é "E não haver gestos novos nem palavras novas!"
Já a 20 de Novembro tinha escrito:"A morte definitiva ou a morte transfiguradora? Mas que importa o que está para além? Seja o que for, será melhor que o mundo!
Tudo será melhor do que esta vida!"
Na manhã do dia dos anos dela, (por acaso o mesmo em que nasci, anos mais tarde), tomou "Veronal" em dose para cavalo e foi ter com a "Senhora Dona Morte".
P.S. Há um outro poeta, chamado José Duro, hoje muito pouco conhecido, que só fazia versos de desgraça e morte. Minha mãe adorava-o, nunca percebi porquê, pois ela era uma pessoa alegre e, mesmo com todas as doenças e desgostos que teve, amava a vida.
Isto já vai longo e não tarda, desato a fazer um discurso sobre a "Alcipe", o Bocage ou as cantigas de amigo de "El rei Dom Diniz". São todos meus amigos de infância. Estou a brincar, mas por acaso, li-os todos em miúda.
Beijinho e desculpa a seca.
Laurinha:
Soube bem o chá fresquinho, mas foi outra noite quase em branco.
Calor, barulho (uns meninos mal educados, drogados, embriagados, que resolvem fazer dos arcos debaixo do prédio, bar), o Nabão a rebolar-se com calor, os benditos e eternos problemas do costume, enfim! mais uma noite a esquecer.
Agora está um bocadinho de ventinho, mas daqui a um cadinho, lá vem ele outra vez.
Beijinho amiga
Tão, areja-te maria, abre o guarda sol, abre as janelas da cozinha que d elá sai fresquinho, e, se nem der, mete-te no rio, banha-te, fala com as águas e acalmarás a caloraça. Eu cheguei da rua, fui apenas arejar, estou só.a Neide ja acabou a conferência de hoje, ia ser ela a conduzir e falar a dita, ia nervosa, claro, mas já sei que correu lindamente...porque corre sempre, ela merece.. disse ao amnel que papasse na escola, e eu como umas frutinhas e fico bem e com este já perdi 8 kilitos, tão bom...Beijinhos.
Laurinha;
A minha casa tem sol por todos os lados. De manhã, do lado da frente, bate no meu quarto, na sala de estar, na casa de jantar e na marquise. De tarde, na sala dos livros, no quarto dos netos e na cozinha. Para ajudar, como é o último andar, ainda levo com o calor da clarabóia da escada. A única maneira de aguentar, é fechar as lanelas de vidro duplo e os estores e ligar o ar condicionado. O pior é que ficamos todo o dia às escuras, nós dois e o canito. Só quase à noite e de manhã cedinho, dá para abrir tudo e deixar entrar um arzinho mais fresco. Parecemos três mochinhos no ninho, mas até se está mais ou menos.
Ainda bem que tudo correu bem à Neide. E tu estás mesmo mais magrinha, nina. Que bom!
Estou a ver se o calor abranda, para um dia destes ir ver a tia do João que vive o Estoril. Depois quero ir perto de Coimbra ver a minha madrinha, que tem 96 anos.
Tenho andado arredada dos meus velhinhos e tenho pena, porque eles devem-se sentir sós.
O meu canito anda cheio de calor, passa a vida a dormir ou à procura de sítios mais frescos. Coitadinho dele com aquele sobretudo castanho e grosso, que nunca tira.
Até mais logo, flor de linho.
Beijinho.
Pois é Maria, eu mais magra? 8 kilitos e tenciono perder outros tantos, era demasiado para o meu metro e meio e a minha vaidade...
O calor é uma seca e incomoda imenso, mas, que fazer, tudo fechado, há quem nem tenha ar condicionado e viva quase sufocado. A minha casita (apartamento) é fresquinha, airosa cheia d eluz e grande, o Kim gostou muito, do espaço. está decorada simplesmente, ams aconchegadinha, sou eu que decoro faço cortinados de sala e cozinha, enfim, há muito que nem ligo à casa, mas, vou limpando e já faço muito, o sol bate d emanha no ladod e lá, pois o tamanho é de um lado ao outro do prédio, e de tarde bate daqui da frente, fecho tudo e o fresquinho continua cá dentro. o shakita está aqui na varanda ao lado, a apanahr fresquinha...ele adora, so a noite fecho a porta pois ele ladra e não quero incomodar vizinhos.
beijinhos e logo se não vier muito tarde, podemos ir a algum lugar mais, mas eu nunca alinho, elas vão e eu regresso a casa, porque não me apetece, o manel nem diz nada..tanto se lhe dá se vou se nem vou, melhor asim!...laura.
Maria, maria, schiu, nem queria acordar-te, mas, cheguei agora , há coisa de meia hora, fui vestir a camisa de dormir, para vir aqui que se faz tarde, e, enfiei a minha camisa do avesso, só reparei quando me ia a sentar no pc, pensei..olha, um presente no blogue, que comentário será? no meu nada, chego ao do Kim, e, deparo com o que lá está! Aquilo não é presente lindo? ahhh bem me ri e gritei pra dentro, tal o meu contentamento...até vou nanar melhor..beijinhos, afinal estás a nanar já e o calor já não é tanto, faz fresquinho, estás sonolenta, mal deste por mim..Um beijinho da laura..a Mariza cantou um fado, poema da Florbela e nós a faalr nela...diz que gosta muito da Florbela, tadinha dela..
Laurinha:
Quem não gosta da Florbela? Mas sabes? Começo a pensar que tens razão. Sem querer, ela faz-nos mal.
Desde que voltei a pegar nos livros dela, ando triste, angustiada, cheia de pressentimentos maus, sonhos estúpidos com os meus filhos, a cabeça povoada de lembranças, os olhos a tentar deitar lágrimas que não saem. Vou arrumar a Florbela na estante e ler outra coisa.
Ontem foi bom? Gostaste da Mariza?
Ainda estive a ver se chegavas, mas depois adormeci. Mais valia estar acordada, do que sonhar tanto disparate junto.
Estou cansada do calor, dos problemas, com uma neura daquelas. É tudo a ajudar. Vou dar uma voltinha pelos amigos, a ver se arejo as teias de aranha da minha cabeça.
Ai flor de linho, foste arranjar uma amiga maluca. Daqui a pouco passa.
Beijinho.
Amiga maluca? Tão maria? já somos duas e mais vale duas cabeças malucas, que uma. ! É verdade isso que dizes, por isso não tiro os livros dela da estante da Neide, deixo-o sossegadinho. Viste como andei há pouco, e por isso me lembrei, ao recordar, que, há leituras que mexem connosco e atraem quem as escreveu, ora se sim. Só que nós sabemos que ninguém tem poder para nos fazer pensar no que não queemos, mas, deixamo-nos ir na onda!...
Areja a casa além da cabeça, ehhh e o juizinho bota umas pitadinhas de sonhos lindos, aos problemas chamam-se problemas e por isso mesmo, são algo que tem de se resolver, dêem-se as voltas que sederem, tudo tem solução, na verdade tem, mas, demorando, o tempo passa e daqui nada está resolvido, só que entretanto aparecem mais meia dúzia deles, e, claro, sempre para resolver, pois ninguém os resolve a não sermos nós, e isso, cansa-nos, desbasta-nos o pensamento em vontades loucas de mandar tudo às urtigas, mas, não podemos...Calma maria, cada um a seu tempo!...
beijinhos e fica bem. V scanear fotos dos meus tmepos idos, em que er auma nina linda, para me entreter, esta semana nem fiz a toalete da casa como deve ser, aldrabei metade, mas, que me importa se o meu coração está sofrido!...Bolas..às tantas vou vestir-me e sair com uma amiga, metemo-nos no café a que chamamos de espelunca e damos duas de treta, ou, enfiamo-nos na carrinha e vamos ao sameiro arejar, tanto ela como eu somos duas esgraçadinhas ehhhhhhhh, bem me rio...mas, é a nossa vida.beijinhos e fica bem. laura.
Vim pé ante pé, não vá acordar a florbela da prateleira, ehhhhhh, se ela me elr decerto não vai levar a mal, pois não é com maldade..Estou cheia de me rir por causa do passeio,aquilo não tarda tem mais gente que sei lá, e, ainda se torna numa romaria... Já ando a tratar com o osvaldinho dos pormenores, da minha ida de autocarro, carro, pois eles moram em Viseu, mais perto para mim...
Bem, até o Spuk do blogue do Kim, ja me faz de procuradora para ir no lugar dele a festa, que riso... Haja amor entre todos e tudos erá melhor.
Já estás a cabecear de sono... Dorme querida maria, querida amiga, dorme que esta noite, os Anjinhos vão velar por ti, para que o teu cansaço,a s canseiras da vida, passem de largo e te deixem em paz, já chega a cada dia o seu dia..Beijinho da laura...laurinha sai, soprando a vela que ficou acesa, no castiçal de prata, pertença dos trisavós da nina Maria!...
Laurinha:
Bom dia.
Então foste tu que me apagaste a luz? É que adormeci mesmo com ela acesa. Depois, senti que me tiravam os óculos, apagavam a televisão e a luz. Agora vejo que foste mesmo tu. O João já dormia e o nabão não chega à televisão.
Já conseguiste a tradução dos versos da canção "C'est en Sptembre"? Vou tentar traduzi-la para ti. O poema é lindo e tenho medo de não conseguir transmitir toda a força dele. A poesia traduzida perde sempre um bocado, mesmo se for Vasco Graça Moura a traduzi-la.
Tenho um livro de poemas de Brel, em francês, com a tradução em português, perde um bocado.
Sabes nina? O francês é a língua da poesia. Tenta aprender. Com a tua boa cabeça, ias aprender e gostar. Vou ver, que volta vou dar ao texto, para o Bécaud não me puxar as orelhas, lá onde está.
Até logo Flor de linho.
Beijinho
Pois foi Maria, apaguei a luz, corri a persina d emansinho, é que os mosquitos ontem picaram-me as pernas, mas que feias ficam as pintas...
Nem sempre me deito muito tarde, mas, ontem quis estar na varanda, as pessoas que vêm na rua de lá de cima do s. João, passam aqui, e gosto de ver gente. o shakita deitado a meu lado, eram duas quando me resolvi a ir pró ninho, mas antes, fui esfregar vinagre em mim...eles detestam vinagre.
A tradução é linda e para mim basta, minha querida Maria, eu devo ter dificuldade pois o francês, tal como o Inglês, têm uma pronuncia própria e é preciso ouvir o que os lábios não podem fazer...mas, entendo muito da lingua francesa, escrita. A tua tradução está um must!... És uma deliciosa amiga.
Adoraria ver a todos, mas, sei que todos têm as suas vidas...
Um beijinho, hoje tenho a mania que é sábado, foi por ir ao aeroporto buscar o Nuno, tinha d elá estar pelas 9,30, cheguei em ponto, e o abraço que trocamos, o amor com que me envolveu, as palavras lindas que me disse, sobre estar diferente, mais magra, morena, ainda me perguntou; o que andaste a fazer mommy?...interrogativo, encolhi os ombros e atirei-lhe com um...por aí, ando a pé, muito e aproveito e bronzeio também...gostas, ai que fofinha mommyzinha, ehhhhh..Já tocou guitarra, já lhe contei dos meus amigos e do encontro em tabuaços (começa em Viseu) e ele feliz por me saber querida...por todos. perguntou tudo sobre o surfista e ria-se ao ver-me a bambolear a musica sentada noc arro...é bom ver o brilho de felicidade nos olhos dele, porqe os meus também brilham!...Se há algo que sinto que vim fazer a este mundo, além de ter estes dois filhos, é que penso que consegui ser a mãe que ELE esperava de mim!...
Beijinhos Maria, muitos..laura.
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