quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Não tenho tempo

Não sou eu que não tenho tempo. É o titulo de um poema do poeta brasileiro, Neymar Barros, adaptado para português de Portugal, antes do acordo ortográfico. Dito por Victor de Sousa.


Às vezes, não temos tempo.
Até um dia destes
Maria

10 comentários:

Kim disse...

Maria
Às vezes - não temos tempo para o tempo que não tivemos quando tínhamos tempo.
E quando damos conta que não tivemos tempo já não temos tempo!
Beijinho Petite Marie

Maria disse...

Kim
Ás vezes é tarde demais quando temos tempo. É mau, muito mau.
Quando temos filhos é preciso ter tempo, na altura própria. Que se lixem as notícias, o livro que nos agrada, o trabalho que temos em mãos, o dinheiro...
Eles devem ter pais a tempo inteiro.
Lamento as vezes que "não tive tempo". Hoje são eles que o não têm para mim.
Beijinho, meu amigo
Maria

Laura disse...

Grças que quase tive sempre tempo para eles e eles ainda o têm para mim, não o exijo, deixo que aconteça, e a neide escreve dizendo que tem saudade da mommyzinha que como ela diz, amuti...amuti muito muito...

beijinho Maria, os filhos quando formam familia raramente têm tempo, e os meus ainda não juntaram os trapos fora da minha porta,assim; haja tempo que para eles terei sempre.

Aquele apertadinho abraço.

laura

Je Vois La Vie en Vert disse...

Querida Maria,

Eu também não tenho tempo mas arranjo sempre um bocadinho para visitar os meus amigos próximos !
Para os meus filhos, tentei sempre ter tempo e tinha mas não tinha a internet que me rouba tempo !!!

Beijinhos
Verdinha

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Este "não tenho tempo" surgiu junto à televisão. À cada dia, o tempo é menor, dos pais para os filhos e e desses para os pais...Antigamente só os pais saíam para trabalhar fora mas, mesmo assim, ao chegar tinha tempo para o diálogo com os filhos.
O progresso alterou a vida em família. Administrar o tempo, é uma tarefa difícil, mas precisamos fazê-lo,para não destruir as relações, principalmente as familiares.
O poema, faz refletir...
Beijinhos, Maria

Maria disse...

Flor de linho
Estive sempre em casa e, por tal, tinha tempo para os meus ninos. Mas quantos saem da escola e ficam entregues a si mesmos porque as mães têm trabalho fora? Algumas e alguns não têm mesmo tempo. Da maneira que isto está, dois ordenados mal chegam para os alimentar, vestir, pô-los a estudar. Cada vez há menos tempo para falar com eles, mimá-los, ajudar a fazer os trabalhos. Ás vezes, os pais, nem para descansar conseguem um tiquinho de tempo.
Vida tão atarefada a de agora!
Já não há tempo para nada.
Beijinhos
Maria

Maria disse...

Verdinha querida
O tempo é a coisa mais chata que inventaram. Por vezes, nem tempo para nós temos, quanto mais para os outros.
Ainda assim, conseguimos sempre ter tempo, quando queremos.
Beijinhos
Maria

Maria disse...

Lucinha amiga
O poema é uma maravilha e faz pensar muito. Mesmo eu, que tive tempo para os meus filhos, penso se foi o suficiente. Hoje, com todos fora de casa, sinto falta de não ter dado mais tempo, mesmo esquecendo o que não tinha para mim.
Há sempre tempo, pelo menos para lhes dizer: amo-te. És muito importante para mim. Nem sempre o fazemos. Porque é evidente, porque nos esquecemos ou, no meu caso, porque nunca fui muito expansiva. Acho que tenho pudor dos meus sentimentos. E isso é mau, pior que não termos tempo.
Se voltasse atrás! mas nunca se vive o mesmo momento duas vezes.
Beijinho, minha querida
Maria

Alva disse...

Olá Maria

Sabes, não tive tempo para brincar.
Não tive tempo para ser verdadeiramente criança...
E só agora é que reparo no tempo que perdi a pensar, a reflectir no mundo, nas injustiças, na discriminação...
Afinal nada mudou Maria, nada mudou. De que serviu?

Não foi por falta de avisos e conselhos mas decidi viver assim. Faltava-me sentir na pele o tempo que estava a desperdiçar. Custou-me caro!

Agora já não brinco, agora já não há tempo. Agora há preocupações e coisas para resolver e mais preocupações e mais coisas para resolver...

Deixa lá... acordei nostálgica hoje.

Muitos beijinhos
Estrela d'Alva

Maria disse...

Minha Pequenina
Eu vivi uma infância muito feliz, seguida de uma adolescência marcada por doenças da minha mãe e minhas.
Fui sempre sensível ao sofrimento dos outros e, assim continuo. Afastarem-me da minha terra natal, foi o fim da minha infância e o meu primeiro desgosto. Vi-me longe de todos os amigos, de tudo o que gostava, para ir parar longe. Tinha 12 anos quando a minha mãe adoeceu a 1ª vez e tive que crescer à pressa. Foi muito doloroso e marcou-me muito. Apavorava-me a ideia de perder a minha mãe. Foram anos de doenças sucessivas e longas. Revoltava-me vê-la sofrer tanto. Fazia-me falta a alegria dela, as canções que cantava, com uma voz linda. Tornei-me triste, medrosa, tornei-me mulher antes de tempo.
Nos momentos piores, voltava-me para a infância feliz e tinha saudades desse tempo.
Estás triste porquê, minha pequenina? Para ti o Sol devia brilhar sempre. És tão novinha! Não deixes a vida passar por ti. Tenta ser feliz. Tens tudo para isso, és jovem, muito jovem. Aproveita essa juventude ao máximo.
Ontem ainda fiquei a gostar mais de ti. És mesmo especial.
Não estejas triste. Há no céu uma estrelinha que está a tomar conta de ti e, que te dará toda a felicidade que eu te desejo.
Beijinhos da
Maria