Um campo de papoilas sob o brilho,
Da luz dum sol de Primavera,
Lembrava colchas de retalhos muito antigas.
Cada folha cosida a outra folha,
Com ponto pequenino, feito à mão,
Parecia um pequeno coração
Ligado a outros, a muitos mais de mil.
Eram as colchas ricas de noivado,
Tecidas de ternura e ilusão,
Quase mantos de sedas e de brocados.
Agora, o tempo é escuro. Só lembram sangue,
O sangue, que cobre a terra de amargura
E deixa sobre ela, tanto corpo exangue.
Já ninguém faz as colchas de noivado.
Os corações, não batem já de amor.
As bombas caem, não há campo em flor,
Restam só corpos mortos, chacinados.
E é assim, que eu vou entristecendo,
Já não há alegria, nem beleza
Nos campos de papoilas sobre o mundo.
Já não consigo ver as colchas de noivado.
Só dor e um desespero, bem profundo.
Maria
Até um dia destes.
Da luz dum sol de Primavera,
Lembrava colchas de retalhos muito antigas.
Cada folha cosida a outra folha,
Com ponto pequenino, feito à mão,
Parecia um pequeno coração
Ligado a outros, a muitos mais de mil.
Eram as colchas ricas de noivado,
Tecidas de ternura e ilusão,
Quase mantos de sedas e de brocados.
Agora, o tempo é escuro. Só lembram sangue,
O sangue, que cobre a terra de amargura
E deixa sobre ela, tanto corpo exangue.
Já ninguém faz as colchas de noivado.
Os corações, não batem já de amor.
As bombas caem, não há campo em flor,
Restam só corpos mortos, chacinados.
E é assim, que eu vou entristecendo,
Já não há alegria, nem beleza
Nos campos de papoilas sobre o mundo.
Já não consigo ver as colchas de noivado.
Só dor e um desespero, bem profundo.
Maria
Até um dia destes.
14 comentários:
Com que então, hoje estamos em dia não!?
O céu aqui, está azul, mas para aí, parece estar cinzento...
Olha, a propósito de comentários de outro "post" àcerca de tisanas e remédios antigos, há um que consiste em pôr um pedaço de cravinho no dente que dói. Já fiz, e resulta. Parece-me, até, que é usado em medicina dentária. Esse, asseguro-te eu, que não é como coçar os olhos com os cotovelos.
Vê se melhoras e, aproveitando o tempo agradável que está, vai à janela da cozinha e, "olhai as papoilas do campo...".
Beijos.
Bem, deixa-me completar: está um tempo agradável, visto da janela, pois há um solinho agradável e não há vento. Contudo, por estas bandas, há mau tempo no canal, e agora veio cá uma onda!
Até logo!
Corvo:
Não estou em dia não. O mundo, é que está todos os dias, em dia não.
Por mais que o sol brilhe, algures, neste momento, o céu escurece, uma bomba cai e, morre gente inocente que, nada fez para merecer a morte.
Afinal, a "Guerra para acabar com todas as guerras", só provocou mais. E este, não é o mundo que eu sonhei. Tenho medo, por ti, pelos teus irmãos, os teus sobrinhos e, todos os que vão viver nele.
Maria
Liguei o computador há cerca de um quarto de hora, para ver se havia novidades.
Mais uma vez me deparo com uma espécie de transmissão de pensamentos, de formas diferentes, até:
Primeira: Comentaste neste "post há escassos minutos;
Segunda: Hoje tenho estado a ver mais televisão que o habitual. Desta vez - ressalve-se - é a cores. Passo de canal em canal e pouco ou nada me agrada. Agora, desliguei. Há pouco tempo dei comigo a resmungar: "não havia de o país estar em guerra, haver violência, etc.. A televisão passa filmes e séries com violência a toda a hora. A TV ensina a matar, a roubar, a violar... Lá há um ou outro programa benéfico.
Beijos!
Olá minha linda amiga :)
Gosto de Papoilas.
O Martim está encantado com a tua foto :)
Vamos andar de Bicicleta.
Bom domingo e as tuas melhoras.
4 XI-corações, embrulhados em sorrisos :)
Minha Amiga:
Goto de flores. Mas as minhas preferidas são as do campo. Papoilas, malmequeres, a flor da acácia mimosa, orquidias selvagens, urzes... As urzes ou Torgas, têm para mim um encanto especial. Por alguma razão, Miguel Torga, as escolheu para o seu nome. São plantas, cuja raiz se prende à sua terra, para não mais a deixar. Eu sou assim. Vivo presa à minha terra, aos meus familiares, aos amigos.
Diz ao Martim, que a Maria, quando era pequena, adorava papoilas. Apanhava grandes ramos de papoilas, para dar à mãe. O pior, é que o vento, levava-lhes as folhas e, chegava a casa, só com os pés. Para mim, as papoilas, eram fadas, de saias de seda encarnada. Beijinhos para os 4 da
Maria
Beijinho
Nemy
Nemy:
Foi bom saber de ti.
Beijo
Maria
Maria,
Venho visitar-te todos os dias. às vezes mais do que uma vez por dia como podes constatar.
Não tenho andado com muita disponibilidade mental, o que me limita e impede de deixar aqui os meus comentários.
Acredita que sinto uma ternura imensa por ti. Porque te sinto naquilo que escreves, e por seres a Grande Responsável pela presença do Vasquito na minha vida. E sabes bem o quanto gosto dele.
Saudades
Nemy
Nemy:
Sinto a falta os teus comentários, mas sei que a tua vida não é fácil.
Agradeço a amizade que tens pelo Vasco. Correndo o risco de parecer vaidosa, ele merece, pois também te estima muito.
Beijo com o desejo que, os teus problemas se resolvam.
Maria
Deixa lá, para compensar, hoje "as papoilas saltitantes da Luz" deram-nos a alegria da vitória. Bem sei que foi pequena, mas... conta na mesma.
A vitória do Benfica, soube bem. Não é em vão que:
"Ser do Benfica, é ter na alma, a chama imensa, que nos conquista e leva à palma a luz intensa..."
Como vês, ainda me lembro, do hino e do Luís Piçarra.
Fiquei contente. Agora, Quique Flores, tiene mucho
trabajo a hacer, para chegarmos onde queremos.
Vivó Benfica!!!
Maria
Qualquer dia, numa dessa glórias do Benfica, ainda ponho o gravador de bobines à janela, por fora, a tocar o Hino pelo Luiz Piçarra, para mostrar aos vizinhos o que é bom!
Corvo.
Corvo:
Primeiro, é melhor veres se não haverá por lá lagartos...lagartos...lagartos...
Beijo
Maria
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