Já uma vez contei a história do meu mocho sábio, que se chamava Arquimedes. Vou fazer um breve resumo para aqueles que não viram.
O Arquimedes, Memé para os íntimos, era um pequeno “mocho galego”, de grandes olhos, manso e meigo. Sendo uma “ave de rapina” nada tinha a ver com elas. Andava solto, pousava em nós, dava bicadinhas meigas que nunca feriram ninguém. Era brincalhão, como um gato ou um cão pequenos.
Ora nessa altura tinhamos também um passarinho muito pequenino, um “bico de lacre”, chamado “Piu-Piu”. Já era velhinho, mas vivia feliz na sua gaiola, vizinha da do mocho.
Um dia de verão saímos e deixei as janelas abertas, para eles ficarem mais frescos. Levantou-se vento e, quando chegamos a gaiola do passarinho estava no chão, partida e vazia. Ficamos muito aflitos, procurámos o passarinho por todo o lado e... nada. Todos desistiram, mas eu ouvia o piar baixinho, do meu Piu-Piu. Diziam-me que eu estava a ouvir coisas, para desistir, mas eu continuei à procura. Ao fim de um bocado encontrei-o. Sabem onde? Encostado à gaiola do mocho, todo encolhidinho, mas vivo e sem uma ferida sequer. Ele procurou o amparo do amigo e este não lhe fez mal.
Nenhum animal é mau por querer. Esta ave de rapina, que em liberdade teria comido o pequeno passarinho, aqui com a barriguinha cheia, nem o bicou.
Dois amigos estranhos? Não. Estranhos são os humanos que não respeitam os animais, nem os outros humanos.
A história de hoje é inteiramente verdadeira. Há quatro testemunhas dela: eu, o meu marido e dois dos meus filhos.
O Memé já contei como morreu. O outro morreu com catorze anos, o que para um pássaro daqueles é muito tempo.
Até amanhã com...
O Arquimedes, Memé para os íntimos, era um pequeno “mocho galego”, de grandes olhos, manso e meigo. Sendo uma “ave de rapina” nada tinha a ver com elas. Andava solto, pousava em nós, dava bicadinhas meigas que nunca feriram ninguém. Era brincalhão, como um gato ou um cão pequenos.
Ora nessa altura tinhamos também um passarinho muito pequenino, um “bico de lacre”, chamado “Piu-Piu”. Já era velhinho, mas vivia feliz na sua gaiola, vizinha da do mocho.
Um dia de verão saímos e deixei as janelas abertas, para eles ficarem mais frescos. Levantou-se vento e, quando chegamos a gaiola do passarinho estava no chão, partida e vazia. Ficamos muito aflitos, procurámos o passarinho por todo o lado e... nada. Todos desistiram, mas eu ouvia o piar baixinho, do meu Piu-Piu. Diziam-me que eu estava a ouvir coisas, para desistir, mas eu continuei à procura. Ao fim de um bocado encontrei-o. Sabem onde? Encostado à gaiola do mocho, todo encolhidinho, mas vivo e sem uma ferida sequer. Ele procurou o amparo do amigo e este não lhe fez mal.
Nenhum animal é mau por querer. Esta ave de rapina, que em liberdade teria comido o pequeno passarinho, aqui com a barriguinha cheia, nem o bicou.
Dois amigos estranhos? Não. Estranhos são os humanos que não respeitam os animais, nem os outros humanos.
A história de hoje é inteiramente verdadeira. Há quatro testemunhas dela: eu, o meu marido e dois dos meus filhos.
O Memé já contei como morreu. O outro morreu com catorze anos, o que para um pássaro daqueles é muito tempo.
Até amanhã com...
4 comentários:
Exactamente! Estranhos são os humanos.
Linda história, Maria!
Bom Domingo!
Olá Luís:
Pois é, quanto mais conheço os homens, mais gosto da bicharada.
Boa semana.
Maria
Petite Marie! Não foi milagre. É que em tua casa todos os animais sofrem uma impulsão vertical de baixo para cima igual ao peso do amor deslocado. Logo, não é de estranhar!
O amor que lhes dás surte este efeito.
Beijinhos
Kim:
Se calhar é isso mesmo. Este passarinho teve ataques, não sei de quê, que lhe tratei a colherinhas de café e gotas de Wisky. Depois deste tratamento de choque durou mais 10 anos.
Beijo
Maria
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