Há uma ideia generalizada que, cães e gatos, se dão sempre mal. Quase sempre é verdade, mas há excepções. A história de hoje é a prova, de que nem sempre é assim.
O meu pai, levou-me um dia, um rafeirinho bebé, que ainda só bebia leite.
Era preto, com uma mancha branca no pescoço, que parecia uma gravata.
Improvisei um biberon e, dava-lho, como se estivesse a alimentar um bebé humano. Tive que lhe dar um nome. Ora, havia uma história de que eu gostava muito: “Pinóquio”, um menino de madeira, a quem crescia o nariz, quando mentia. Foi o nome que escolhi. O Pinóquio já teria uns três meses, quando um dia, apareceu no quintal, um gatinho cheio de fome e frio. Dei-lhe de comer, aqueci-o e, adoptei-o. Também tive de lhe dar um nome. Quem sabe a história do Pinóquio de madeira, sabe que ele tinha um amigo, um grilo, que lhe dizia ao ouvido as coisas marotas que ele não devia fazer.
Então o gato, ficou a chamar-se Grilo.
Cresceram juntos, comiam juntos, dormiam juntos, brincavam juntos. Na verdade, quando se tratava de comer, o gato comia primeiro e, só depois, deixava o cão chegar-se ao prato. Dormia deitado nas patas do cão, aconchegado à barriga dele. Durante o dia todo, não se largavam, sempre a brincar, um com o outro.
O Pinóquio, era muito manso. Ao contrário do Tejo, eu podia tirar-lhe a comida da boca, que ele nem refilava. Quando o meu filho mais velho nasceu, deitava-se no chão ao pé da cama dele e, só deixava chegar-se quem conhecia. A única vez que o vi zangado, foi na noite do nascimento dele. Ele nasceu em casa e, foi lá uma senhora ajudar. Eu tinha dores, chorava, dei uns gritos e, o Pinóquio convencido, que era a senhora que me estava a fazer mal, atirou-se ao rabiosque dela e, se eu não o chamo, tinha-lhe dado uma dentada. Depois acalmou.
Ele e o meu sobrinho eram grandes amigos. Um dia, fomos dar com os dois sentados na escada do quintal. O meu sobrinho tinha 6 anos e já sabia ler. Então, pegou no livro da escola e, resolveu ensinar o Pinóquio a ler, também. Ficou desiludido. Por mais que tentasse, o Pinóquio não aprendia nem uma letra. Só sabia um ditongo: “ão”.
Era pouco, para o pequeno professor.
O Pinóquio, morreu já velhinho e o Grilo foi embora. Sem o seu amigo, fugiu em busca de outra vida mais livre.
E pronto, meus amigos acabou mais uma história. Às vezes, os animais ensinam as pessoas. Aqueles que são considerados inimigos de nascença, tornam-se amigos e, aprendem a viver juntos e em paz. Era bom, que com os homens, isso fosse possível. Talvez... um dia. Quem sabe?
Beijinhos e até amanhã.
P.S. Hoje a história é especialmente dedicada ao meu querido amiguinho Martim.
O meu pai, levou-me um dia, um rafeirinho bebé, que ainda só bebia leite.
Era preto, com uma mancha branca no pescoço, que parecia uma gravata.
Improvisei um biberon e, dava-lho, como se estivesse a alimentar um bebé humano. Tive que lhe dar um nome. Ora, havia uma história de que eu gostava muito: “Pinóquio”, um menino de madeira, a quem crescia o nariz, quando mentia. Foi o nome que escolhi. O Pinóquio já teria uns três meses, quando um dia, apareceu no quintal, um gatinho cheio de fome e frio. Dei-lhe de comer, aqueci-o e, adoptei-o. Também tive de lhe dar um nome. Quem sabe a história do Pinóquio de madeira, sabe que ele tinha um amigo, um grilo, que lhe dizia ao ouvido as coisas marotas que ele não devia fazer.
Então o gato, ficou a chamar-se Grilo.
Cresceram juntos, comiam juntos, dormiam juntos, brincavam juntos. Na verdade, quando se tratava de comer, o gato comia primeiro e, só depois, deixava o cão chegar-se ao prato. Dormia deitado nas patas do cão, aconchegado à barriga dele. Durante o dia todo, não se largavam, sempre a brincar, um com o outro.
O Pinóquio, era muito manso. Ao contrário do Tejo, eu podia tirar-lhe a comida da boca, que ele nem refilava. Quando o meu filho mais velho nasceu, deitava-se no chão ao pé da cama dele e, só deixava chegar-se quem conhecia. A única vez que o vi zangado, foi na noite do nascimento dele. Ele nasceu em casa e, foi lá uma senhora ajudar. Eu tinha dores, chorava, dei uns gritos e, o Pinóquio convencido, que era a senhora que me estava a fazer mal, atirou-se ao rabiosque dela e, se eu não o chamo, tinha-lhe dado uma dentada. Depois acalmou.
Ele e o meu sobrinho eram grandes amigos. Um dia, fomos dar com os dois sentados na escada do quintal. O meu sobrinho tinha 6 anos e já sabia ler. Então, pegou no livro da escola e, resolveu ensinar o Pinóquio a ler, também. Ficou desiludido. Por mais que tentasse, o Pinóquio não aprendia nem uma letra. Só sabia um ditongo: “ão”.
Era pouco, para o pequeno professor.
O Pinóquio, morreu já velhinho e o Grilo foi embora. Sem o seu amigo, fugiu em busca de outra vida mais livre.
E pronto, meus amigos acabou mais uma história. Às vezes, os animais ensinam as pessoas. Aqueles que são considerados inimigos de nascença, tornam-se amigos e, aprendem a viver juntos e em paz. Era bom, que com os homens, isso fosse possível. Talvez... um dia. Quem sabe?
Beijinhos e até amanhã.
P.S. Hoje a história é especialmente dedicada ao meu querido amiguinho Martim.
12 comentários:
Olá Maria!
De facto os animais dão uma lição aos animais nesse sentido.
Esta história aplica-se ao meu Ex-Rex (cão) e à minha Tica (gata)
Beijinhos Maria
Olá outra vez
O que queria dizer no comentário anterior é que os animais dão uma lição aos humanos nesse sentido.
:-)
Enganei-me
Não me lembro dele pois era muito pequenino quando ele morreu. Mas lembro-me de outras coisas que vocês me contavam desse espertalhão! Ele sabia quando o Pai estava para chegar do quartel e saía a correr, e quando voltava a casa trazia na boca o quico do dono! Alguns deles têem um sentido especial, díficil de explicar pois sabem com antecedência quando vai chegar o dono.
Parabéns e beijinhos,
João
Olá Luís,
Já tinha percebido, meu amigo.
Sem querer ofender o meu Nabão, que é o cão mais esperto do mundo, este Pinóquio, foi um dos meus grandes amores caninos.
Beijinhos
Maria
Filho, é claro que, não te lembras, ele morreu 3 dias antes da mana nascer. Não me queriam dizer, mas eu adivinhei. Tirando o meu Nabão e o Arquimedes, nunca gostei tanto de um bicho.
O meu neto que me dê a sua opinião, porque ele e a prima, são os primeiros destinatários disto.
Hoje, foi dedicado ao Martim, porque ele teve um grande problema.
Tem sido para todos, mas sempre para os meus adorados netos.
Beijinhos para os três
Maria
Olá Maria!
Talvez um dia os humanos consigam aprender com os animais a ultrapassar as diferenças e a conviverem todos juntos!
Beijinhos e continuação de boas histórias!
Deus e São Francisco, a ouçam, minha amiga. Mas não acredito muito.
Os irracionais são os homens, não os anmais.
Vou continuar, sim. Faça o mesmo. Os bichos merecem.
Beijo
Maria
Querida, amiga:
Andamos, por aqui.
Obrigada, pelas histórias (lindas!)e pelos miminhos :)
Beijos, com ternura, dos 4.
carla
diogo
mariana
martim
Mãe,
Já ontem "pus em dia" a Bicharada da Maria.
Vou agora immprimir a história do Pinóquio e do Grilo, para dar a uma colega amiga que gosta muito de gatos e que já me pediu para lhe dar tudo o que for sobre esses bichos.
Beijos do filho Vasco.
Continua, Condessa de Tomar!
Um beijinho muito grande para ti, Maria.
MARTIM
Vasco:
Hoje a C. de Tomar não falou de bichos. Amanhã recomeça.
Beijo
Maria
Martim:
Tenho pensado muito em ti.
Amanhã, a Maria volta às histórias.
Beijinhos para os 4
Maria
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